Dólar cai para R$ 5,22 após reunião do Copom
Bolsa de valores sobe 2,04% com expectativa de fim de altas nos juros
As expectativas de desaceleração na economia dos Estados Unidos e as indicações de que o Banco Central (BC) brasileiro está perto de encerrar o ciclo de alta nos juros fizeram o mercado financeiro ter um dia de tranquilidade. O dólar caiu e voltou a aproximar-se de R$ 5,2. A bolsa de valores subiu mais de 2% e atingiu o nível mais alto em quase dois meses.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (4) vendido a R$ 5,22, com queda de R$ 0,058 (-1,09%).
A cotação iniciou o dia em alta, mas inverteu a tendência seguindo o mercado internacional, até encerrar próxima das mínimas do dia.
Apesar da queda de hoje, o dólar ainda acumula alta de 0,89% na semana. Na última sexta-feira (29), a divisa estava sendo vendida a R$ 5,174.
O mercado de ações teve mais um dia de fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 105.892 pontos, com alta de 2,04%.
Taxa Selic
Impulsionada pela divulgação de lucros de empresas acima do previsto e pela aposta no fim das altas na Selic (juros básicos da economia), a bolsa brasileira fechou no maior patamar desde 9 de junho.
Após o fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aumentou a Selic para 13,75% ao ano, o Banco Central emitiu um comunicado em que admite que aumentará os juros para 14% ao ano na próxima reunião, no fim de setembro, devendo encerrar o ciclo de alta nos juros básicos, que sobem desde março do ano passado.
As apostas no fim da alta de juros favorecem a bolsa de valores, porque isso estimula os investidores a buscarem investimentos de maior risco, como ações.
Além do impulso interno, o mercado financeiro contou com a ajuda do exterior nesta quinta-feira. O dólar caiu em todo o planeta, com base na expectativa de divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos amanhã (5).
Caso o mercado de trabalho nos Estados Unidos desacelere, aumentam as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a reduzir os juros básicos em 2023.
*Com informações da Reuters
*Com Agência Brasil