Bancões X Fintechs – ESTOA

Bancões X Fintechs


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As palavras “Bolsa de valores”, “investimento”, “home broker”, “bancos-digitais”, causam estranheza para você? Para ser mais específico, caso eu te pergunte onde você as ouviu, acredito que a resposta seria em alguma propaganda sobre Bancos na TV.

Intenção dos Bancos

O que poucas pessoas indagam é sobre a verdadeira intenção dos Bancões ao oferecer ou divulgar tais produtos, nos aproximando do mundo dos investimentos. Será que eles estão pensando em nós? Resolveram fazer uma boa ação, familiarizando a população de um tema tão importante para sociedade? Seria essa uma nova era da humanidade, onde a minoria da população, os que possuem mais dinheiro, decidiram ajudar a maioria, os menos favorecidos, e assim, enfim, teremos um mundo mais equilibrado? De certo que não!

Estudos recentes mostram que o valor deixado na poupança pelos brasileiros tem alcançado números exorbitantes. Em contrapartida, há pouco tempo tivemos o boom das fintechs, onde algumas conseguiram se firmar no mercado. 

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Talvez você esteja se perguntando: qual relação entre os dois temas? Resposta simples e direta: a proposta das fintechs junto com sua consolidação, alinhada ao potencial monetário do brasileiro, estremeceu os Bancões. Sendo assim, foi necessário que os mesmos criassem mecanismos para não ficar “para trás”. 

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Não estou dizendo que as fintechs estavam se igualando ou gerando algum tipo de rivalidade, longe disso, mas, sim a fim de antever qualquer tipo de ameaça.

Dito isso, qual foi a estratégia adotada? Trazer à todos o que as fintechs e Bancos digitais já estavam trazendo, o mundo dos investimentos! 

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Serviços de investimentos

Para ser mais claro, no primeiro semestre de 2021, o Nubank contava com 40 milhões de clientes, esse número saltou para mais de 59 milhões nos primeiros meses de 2022, se aproximando dos maiores Bancos do País. Esse aumento exponencial não é exclusivo do Nubank, outras instituições estão trilhando o mesmo caminho, vide C6 Bank e Banco Inter

Agora você imagina, Bancos que não cobram anuidade, que permitem a criação de conta sem sair de casa, que disponibilizam os canais de atendimento por telefone, e que possibilitam a resolução dos problemas sem que os clientes encarem demoradas filas? Não satisfeitos, esses Bancos digitais começaram a oferecer serviços de investimentos, da renda fixa à variável, uma gama infinita de opções a poucos cliques de distância.

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Todo esse cenário “irritou” e muito os donos dos Bancões. Foi quando decidiram usar todo poder que tinham em mãos. A estratégia pode parecer sutil, mas é tão agressiva, que o assunto investimento se tornou uma realidade muito forte nas conversas de bar, no ambiente de serviço e até mesmo em reuniões familiares. Outra prova disso é que os termos ditos no começo do texto eram completamente desconhecidos por boa parte dos brasileiros em um espaço muito curto de tempo.

A pergunta que fica é: podem as finctechs competir com os Bancões, ou os Bancões continuam com o controle de tudo e dão corda até onde querem?