Mercado Livre vai expandir serviços com bitcoin para América Latina
O Mercado Livre, um dos maiores varejistas da América Latina, planeja expandir seus serviços com bitcoin e criptoativos para incluir mais países do continente.
Osvaldo Gimenez, chefe do Mercado Pago, serviço de pagamentos digitais e carteira do Mercado Livre, deu esta informação ao jornal El Pais.
O executivo declarou:
“Vamos expandir na região a possibilidade de comprar, vender e ter criptomoedas em sua conta.
Funciona com bitcoin, com ethereum e com a moeda estável que reflete o valor do dólar.”
A empresa, que lançou esses serviços pela primeira vez no Brasil, conseguiu cadastrar um milhão de clientes nessas opções alternativas de investimento durante os dois primeiros meses de sua implementação.
O serviço usa o USDP, uma stablecoin apoiada pela Paxos, uma empresa de serviços financeiros com sede em Nova York, como sua única stablecoin atrelada ao dólar.
No entanto, Gimenez não especificou um cronograma para a expansão anunciada, nem quais países seriam incluídos nesta fase de expansão.
Devido ao estado atual da economia, muitos países latino-americanos que sofrem com alta inflação e desvalorização, como a Argentina, estão recorrendo aos criptoativos como forma de manter seu poder de compra.
Gimenez falou sobre a importância desses instrumentos na plataforma que o Mercado Pago oferece.
Ele afirmou:
“É uma oportunidade alternativa de investimento que achamos muito interessante e gera muito interesse dos usuários.
Em um momento em que o dólar vem se valorizando, os investimentos que os usuários têm conosco são pequenos e para nós é mais uma forma de diversificar seu portfólio.”
O Mercado Livre enfrenta a concorrência de uma série de empresas que também expandiram seus serviços para oferecer negociação de criptomoedas a clientes em outros países da América Latina, como Argentina e México.
O Nubank, uma plataforma de banco digital, também introduziu uma solução de negociação em maio e estendeu sua oferta a todos os seus clientes na América Latina, estimados em cerca de 54 milhões.
Os bancos tradicionais também estão começando a oferecer serviços semelhantes.
Recentemente, o Santander informou que planeja oferecer esse tipo de investimento a clientes do Brasil.
*Com Criptonizando