MadeiraMadeira compra Casatema em sua maior aquisição
O M&A é o terceiro realizado pela startup
Nesta segunda-feira (22), a startup MadeiraMadeira anunciou sua terceira aquisição, com a compra da varejista de móveis infantis Casatema.
O negócio é, ainda, a maior compra realizada pela companhia em toda a sua história, como divulgado no Brazil Journal.
A marca, no entanto, será mantida, fazendo com que seus mais de 70 colaboradores continuem atuando, e os sócios da Casatema passem a integrar o quadro executivo da MadeiraMadeira.
Aquisição da MadeiraMadeira
Com a compra da companhia, a MadeiraMadeira faz avanços significativos em sua oferta de marca própria. Segundo o CFO da startup, Carlos Eduardo Baron, o M&A (fusão) faz com que a participação da startup na área de móveis infantis seja dobrada.
Além disso, o negócio faz com que a empresa atinja uma participação de cerca de 10% neste segmento, em comparação aos 20% que a companhia possui no mercado de móveis em geral.
Para que o negócio fosse fechado, a startup paranaense não envolveu nenhum tipo de assessor financeiro. Já a Casatema, por sua vez, contou com a assessoria da RGS Partners, um Banco de Investimentos especializado na assessoria de fusões e aquisições.
Com o objetivo de ampliar sua escala, se tornando, assim, a maior marca no varejo de móveis, a aquisição da Casatema faz com que seus produtos destinados ao público infanto-juvenil sejam exibidos nas mais de 100 lojas físicas da MadeiraMadeira, além de marcarem presença no site oficial da startup.
Atualmente, a plataforma digital da varejista de móveis conta com cerca de 20 milhões de visitas mensais.
De acordo com o Brazil Journal, o pagamento da aquisição de 100% do capital social da Casatema será feito através de uma mistura de ações e dinheiro, fazendo com que os sócios Leandro Varela (fundador), Marcelo Gejer (fundador), Jorge Diego (COO) e Nadia Varela (líder de operações nos EUA) se tornem executivos da MadeiraMadeira.
O valor movimentado, no entanto, não foi informado.
A MadeiraMadeira se tornou um unicórnio brasileiro, nome dado às companhias avaliadas em, no mínimo, US$ 1 bilhão, em janeiro do ano passado, ao anunciar um aporte de US$ 190 milhões.
Fazendo com que ela se tornasse o primeiro unicórnio de 2021, a rodada de investimentos liderada por SoftBank e Dynamo ocorreu cerca de 16 meses após outro aporte da startup, que adquiriu, na época, a quantia de US$ 110 milhões.
A compra realizada pela startup ocorre em um cenário de turbulência para as companhias do tipo.
Com as recorrentes altas nas taxas de inflação e de juros, as rodadas de investimento se tornaram cada vez mais raras, além de levantarem quantias significativamente menores.
Como consequência, fusões como a realizada pelo unicórnio também se tornaram cada vez mais comuns.
Tal cenário, ainda, foi responsável por fazer com que ondas de demissões em startups fossem cada vez mais frequentes. A MadeiraMadeira, inclusive, desligou cerca de 3% do seu quadro de colaboradores no começo deste mês.
A aquisição da Casatema foi a terceira realizada pela companhia desde o ano passado. A primeira, realizada em meados de 2021, foi a compra da iTrack e mais recentemente, em abril deste ano, a startup fechou negócio com a IguanaFix.
Segundo Baron, o acordo dá continuidade ao plano de aquisições da companhia, que mira em empresas de serviços, serviços financeiros e conteúdo, criando um ecossistema em um “one stop shop” para a casa.
Surgimento da Casatema
Fundada há cerca de 11 anos, a companhia foi fundada por Leandro Varela e Marcelo Gejer, dois amigos que se conheceram durante um curso de MBA (Master of Business Administration).
Durante o período, com o ingresso de Jorge Diego e Nadia Varela, a empresa se manteve apenas com o dinheiro investido por seus quatro sócios e o crescimento de caixa.