Vibra (VBBR3) conclui compra de 50% da ZEG por R$ 160 milhões – ESTOA

Vibra (VBBR3) conclui compra de 50% da ZEG por R$ 160 milhões

A companhia também havia alterado sua política de emissão de dividendos


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Nesta segunda-feira (19), a companhia de energia Vibra (VBBR3) anunciou a conclusão da compra de 50% do capital social da ZEG Biogás e Energia S. A. pela quantia de R$ 160 milhões.

O negócio foi anunciado em julho deste ano. No entanto, foi na última sexta-feira (16) em que a companhia cumpriu com todas as medidas necessárias para que a compra ocorresse.

Conclusão da compra

O fechamento do negócio foi divulgado em Fato Relevante publicado ao mercado nesta segunda-feira (19). 

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No documento, a companhia informa que  “o cumprimento de todas as condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)” se deu na última sexta-feira.


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Dessa forma, com o objetivo de complementar sua plataforma e serviços renováveis, a Vibra se tornou detentora de 50% do capital social da ZEG Biogás.

Com o fechamento do negócio, de acordo com a empresa, mais um passo foi dado rumo “à inserção da companhia no processo de transição e descarbonização da matriz energética brasileira”.

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Vibra atua como uma distribuidora de combustível/Foto: Reprodução

O total de R$ 160 milhões pagos pela compra serão divididos em duas partes. A primeira representa o pagamento de R$ 129,5 milhões referentes à compra dos ativos que compõem o capital social da ZEG. Os R$ 30 milhões restantes representam um investimento primário feito pela Vibra.

Além disso, a companhia comprometeu-se, ainda, a investir o total de R$ 412 milhões para que a execução de projetos relacionados à biogás e biometano sejam desenvolvidos.

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No documento, a Vibra afirma que, a partir da conclusão do negócio, duas opções futuras de compra podem ser consideradas. 

A primeira diz que, mediante ao valor de mercado, a empresa pode passar a ser titular de 70% do capital social da ZEG.

A segunda alternativa representa a aquisição de todos os ativos representantes do capital social da empresa, fazendo com que a Vibra se torne titular da integralidade dos papéis da empresa de biogás e energia.

A aquisição havia sido anunciada em julho/Foto: Revista caminhoneiro

Para que qualquer uma das opções seja escolhida, no entanto, a empresa ressalta que as aprovações necessárias devem ser obtidas, como a de eventuais autoridades governamentais, e da “aprovação em Assembleia Geral da Companhia, caso necessário”.

Após anunciar a conclusão da compra, as ações da Vibra (VBBR3) apresentaram altas nesta segunda-feira (19). Seus ativos somaram às 14:43 horas (Horário de Brasília) uma alta de 2,30%, atingindo os R$ 18,26.

No entanto, no período de seis meses, seus papéis somam uma desvalorização de 20,82%. No acumulado do ano, as ações caíram em 10,27%.

O documento foi, por fim, assinado pelo Vice Presidente Executivo de Finanças, Compras e de Relações com Investidores, André Corrêa Natal.

JCP e alteração na política de dividendos

Antes de concluir a compra de 50% das ações da ZEG, a Vibra anunciou o pagamento de R$ 797 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP). Eles pertencem ao exercício de 2022, integrando o dividendo mínimo obrigatório de 2022.

A companhia confirmou, ainda, que o total será pago em duas etapas. A primeira, em dezembro de 2022, será responsável por repassar o montante de R$ 389 milhões aos acionistas titulares de ações da companhia até o dia 21 de setembro, representando R$ 0,34890912083 por ativo.


O segundo repasse será realizado em fevereiro de 2023 e vai pagar R$ 408 milhões. No entanto, os detalhes acerca da elegibilidade e valores a serem repassados ainda serão divulgados pela empresa.

No mesmo dia, a companhia afirmou que Wilson Ferreira Júnior permaneceria como presidente da Vibra até o dia de hoje (19). Sua saída havia sido confirmada em julho deste ano.

Ainda na última sexta-feira, o terceiro anúncio da companhia foi uma alteração na sua política de dividendos. A mudança faz com que, caso não seja possível atingir o mínimo de 40% do lucro da companhia, a Vibra fará a tentativa de compensar a diferença no próximo exercício.