Como o comportamento humano influencia na organização das finanças
Na última sexta-feira separei a tarde para um momento de cuidado pessoal: cabelos e unhas. E enquanto a moça do salão fazia seu serviço tão cuidadosamente, eu, que estava próxima de duas mulheres, acabei ouvindo a conversa entre elas. O assunto era sobre finanças e falavam de si mesmas, de como se sentiam ao fazer compras, descrevendo sentimentos de prazer, relaxamento e felicidade. O interessante notar que, da mesma forma que descreviam como era prazeroso, elas também falavam da dor ao chegar a fatura do cartão de crédito, e a dificuldade que tinham em organizar as finanças.
Cada dia que passa, tenho mais convicção de que a organização financeira tem muito mais a ver com as nossas emoções do que com a nossa razão. É muito comum acreditarmos que, fazer uma planilha para controle do orçamento doméstico vai resolver de vez o problema da educação financeira das pessoas, quando na verdade, precisamos falar de como cuidar do fator emocional.
Para falar sobre finanças é também necessário falar sobre comportamento humano, pois as tomadas de decisões a respeito de dinheiro, são conduzidas por tudo aquilo que vivenciamos desde a nossa infância, misturados por uma questão de circunstâncias emocionais e racionais, por exemplo:
Existem pessoas que passaram dificuldades enquanto crianças e desenvolveram dentro de si, um sentimento de escassez a tal ponto de querer juntar o máximo de dinheiro possível, e mesmo com alguma reserva, sua visão é escassa por medo de faltar algo no futuro, enquanto outras, da mesma forma, passaram dificuldades e desenvolveram um sentimento oposto, elas acreditam que precisam aproveitar ao máximo todo o dinheiro que tem antes que lhes falte. Ambas as situações parecem ser extremistas, mas é mais comum do que se imagina.
Uma vez que se consegue compreender que o comportamento pessoal influencia as finanças, é possível também lidar melhor com cada situação. Eu diria que a primeira coisa que se precisa fazer é se conhecer primeiro, assim é possível entender porque agimos como agimos.
Fazer um mapeamento pessoal dará a oportunidade de identificar repetições de comportamento que são dominados pelas emoções. Assim, ficará mais fácil entender as tomadas de decisões.
Em um segundo momento, após identificar esses padrões de comportamento, é necessário trabalhar os pensamentos, pois é através deles que poderemos modificar o nosso interior. É uma jornada de maturidade, crescimento, conhecimento que trará bons frutos a quem de fato permanecer persistente nessa caminhada. Não é fácil, mas não é impossível! Trabalhe a sua mente e os resultados virão!
Até a Próxima!
-Luciana Barbosa
*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.