As outras eleições também afetaram a Bolsa de Valores? – ESTOA

As outras eleições também afetaram a Bolsa de Valores?

O efeito das disputas presidenciais nos ativos


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Além de gerar surpresa em toda a base de eleitores brasileiros, o resultado das eleições de 2022, no último domingo (02), também gerou fortes reações no mercado de valores.

No dia seguinte, uma segunda-feira (03) o índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, se deparou com uma alta de cerca de 5%, atingindo os 116 mil pontos ao final do dia. Essa seria, ainda, a maior pontuação do indicador desde abril deste ano.

A sessão de altas da bolsa de valores brasileira foi pressionada, principalmente, pela valorização das estatais, que foram o destaque do dia. Os ativos da Petrobras (PETR3), por exemplo, fecharam o pregão com uma alta de 8,86%.

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Por mais que o resultado da disputa presidencial seja o fator que mais impulsionou o mercado financeiro durante o período, os resultados estaduais também foram espelhados no desempenho dos ativos.

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Em reação à definição de um segundo turno no Estado de São Paulo entre os candidatos Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), as ações da Sabesp (SBSP3), uma empresa estatal de SP, fechou o pregão com uma alta de 16,74%, fechando aos R$ 58,08.

As outras eleições também afetaram a Bolsa de Valores?
Sabesp é uma estatal paulista/Foto: Reprodução

Para especialistas, as reações atípicas no mercado de investimentos devem-se a uma antecipação de resultados, uma estratégia utilizada pelos investidores para, considerando o cenário mais provável, maximizar seus lucros.

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Apesar de repentina, a reação esboçada pela Bolsa de Valores é esperada em dias onde as tensões ou escândalos políticos tomam conta. 

As disputas eleitorais, por sua vez, são conhecidas por, além de definir cargos de governança do país, gerar situações atípicas como esta no mercado financeiro.

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Bolsa de Valores após o evento

Três dias após a definição das disputas presidenciais, o índice Ibovespa, que mede o desempenho da B3, a Bolsa de Valores brasileira, permanece subindo. Nesta quarta-feira (05), por volta das 15:20 horas (Horário de Brasília), o medidor somou uma alta de 0,79%, atingindo os 117.143.

Esta é a maior pontuação do indicador desde meados de abril deste ano, quando atingiu os 121 mil pontos, a maior registrada no ano de 2022 até hoje.

As outras eleições também afetaram a Bolsa de Valores?
A B3 é a Bolsa de Valores brasileira/Foto: Reprodução

Petrobras

As ações da Petrobras (PETR3) permanecem com uma valorização sólida, somando uma alta de 3,91% no mesmo horário, sendo cotadas a R$ 36,68.

Quedas

As outras estatais, no entanto, já entraram em um período de quedas. Os papéis da Cemig (CMIG4), que fecharam o pregão de segunda-feira com uma alta de 10,57%, somaram uma queda de 2,30% no dia de hoje.

Os ativos da Eletrobras (ELET6), que se valorizaram em 4,00% ao final do pregão de segunda-feira, se deparam com uma desvalorização de 0,52% nesta quarta-feira.

Outras eleições

Como dito, as disputas presidenciais são conhecidas por gerarem movimentações atípicas no mercado de investimentos, fazendo com que, em alguns casos, a negociação de determinados ativos seja suspensa pela Bolsa de Valores.

Isso ocorre quando altas ou quedas anormais acontecem na precificação de alguns ativos listados na Bolsa.

2018

As eleições anteriores, celebradas há 4 anos atrás, ocorreram no dia 07 de outubro de 2018. No pregão do dia seguinte, uma segunda-feira (08/10/2018), o índice Ibovespa se deparou com uma valorização de 4.57%, aos 86 mil pontos.


Nessa época, as ações das estatais também pressionaram o desempenho da Bolsa de Valores brasileira. A Petrobras (PETR3) com +9.46%, Cemig (CMIG3) com +19.03% e a Sabesp (SBSP3) com +6.76%.

2014

Há 8 anos, durante as eleições de 2014, a Bolsa de Valores também apresentou altas. Celebrada no dia 05 de outubro daquele ano, o evento afetou o pregão da segunda-feira seguinte (06/10/2014).

Naquele dia, o medidor Ibovespa fechou o pregão com uma alta de +4.72%, atingindo a quantia de 57 mil pontos.

As estatais, mais uma vez, favoreceram o crescimento do medidor da bolsa de valores. Na época, a Petrobrás com uma alta de 9.75%, a Cemig com +4.41% e a Sabesp com uma valorização de 3.59%.