Banco de Brasília é alvo de ransomware que exige R$ 5,2 milhões em Bitcoin – ESTOA

Banco de Brasília é alvo de ransomware que exige R$ 5,2 milhões em Bitcoin


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O Banco de Brasília (BRB) foi vítima de um ataque de ransomware no início dessa semana. De acordo com informações do Tecmundo, um grupo de hackers invadiu os sistemas do banco e roubou dados de vários usuários. Em seguida, o grupo exigiu 50 Bitcoin (BTC) para não vazar os dados.

Com base na cotação atual do BTC, o valor corresponde a cerca de R$ 5,2 milhões. Um dos hackers, usando o pseudônimo de “Crydat”, entrou em contato com o BRB para informar que o banco teria que pagar o valor antes das 15h do dia 06 de outubro.

O BRB não se pronunciou oficialmente sobre os pedidos dos hackers, e não confirmou se fez ou não o pagamento do resgate. Atualmente, o caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Combate ao Cibercrime da Polícia Federal.

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Hackers usaram famoso programa para ataque

De acordo com fontes anônimas entrevistadas pelo Tecmundo, os hackers usaram um ransomware chamado LockBit, criado por um grupo que tem o mesmo nome. O software ganhou fama em 2021, quando o Lockbit afetou 350 organizações em todo o mundo.


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O grupo opera desde 2019, mas ganhou repercussão nos últimos dois anos. Como resultado do seu crescimento, o ransomware respondeu por 40% de todos os ataques de ransomware desde o ano passado.

Na noite de quarta-feira (05), o BRB postou o seguinte comunicado aos seus clientes: “O BRB informa aos seus clientes que está com intermitência nos sistemas. As equipes de tecnologia estão trabalhando para que o funcionamento seja normalizado o mais rápido possível”.

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Desde então até o fechamento desta matéria, o banco não forneceu novas informações sobre o caso, que segue sob investigação da PF.

Recentemente, o grupo atualizou seu ransomware LockBit para a versão 3.0 e oferecem um programa de recompensas para quem encontrar falhas e propor melhorias. Os prêmios podem chegar a US$ 1 milhão, ou R$ 5,2 milhões em valores atuais. O grupo utiliza principalmente criptomoedas com foco em privacidade, como a Zcash (ZEC).

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Esse grupo realizou vários ataques no México, Venezuela, Peru, Panamá e Argentina, onde recentemente roubou 140 GB de informações sobre pacientes, médicos e afiliados. Para não liberar os dados, grupo exigiu o pagamento de US$ 300 mil em criptomoedas.

Crimes com criptomoedas aumentam no Brasil

O Brasil é um dos países da América Latina com mais golpes de criptomoedas, a tal ponto que a justiça brasileira teve que trabalhar com o FBI e a CIA para fortalecer suas forças especiais e aprimorar suas técnicas de rastreamento.


De acordo com dados publicados pela plataforma de análise SonicWall, o Brasil se tornou um dos destinos preferidos dos grupos de ransomware. Em 2021, hackers conseguiram roubar mais de US$ 33 milhões em BTC e outras criptomoedas.

Em suma, o Brasil é o quarto país do mundo com mais ataques de ransomware, perdendo apenas para Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.

Em outra pesquisa realizada pela empresa de segurança cibernética Kaspersky, 56% das empresas brasileiras sofreram um ataque de ransomware. No entanto, 80% desse total disseram que não estão dispostas a pagar nenhum resgate.