Ex-presidente do BC Ilan Goldfajn disputará presidência do BID
Indicação foi oficializada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes
Diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn teve o nome indicado para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A indicação foi oficializada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que é governador titular da instituição financeira.
Em nota pública, o Ministério da Economia informou que a pasta, apoiada pelo Ministério das Relações Exteriores, fará as gestões para que o Brasil assuma a presidência do BID pela primeira vez desde a criação do banco.
Atualmente, o Brasil é o segundo maior acionista do BID, só perdendo para os Estados Unidos.
“O ministro Paulo Guedes considera que o candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam inequivocamente para o exercício do cargo de presidente desta importante Instituição”, destacou o comunicado.
Eleição do BID
O prazo para candidatura ao cargo de presidente do BID se encerra em 11 de novembro, e a eleição está marcada para 20 de novembro.
Com 48 países-membros, o BID é o principal financiador de projetos de infraestrutura na América Latina e no Caribe. Em 2021, a instituição aprovou US$ 23 bilhões em financiamentos na região.
Atualmente diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn comandou o Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019. Entre 2000 e 2003, foi diretor de Política Econômica da mesma instituição.
A eleição no BID ocorre após a saída do norte-americano Mauricio Clavier-Carone. Indicado para presidir a instituição pelo ex-presidente Donald Trump, Clavier-Carone foi destituído em assembleia de governadores em 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram a relação. O banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.
*Com Agência Brasil