Ambev (ABEV3) apresenta lucro de R$ 3,21 bilhões no 3T22, mas queda chega a 13%
Os resultados do terceiro trimestre foram divulgados pela empresa nesta quinta-feira
Antes da abertura do pregão desta quinta-feira (27), a companhia de bebidas Ambev (ABEV3) divulgou seu balanço trimestral referente ao terceiro trimestre deste ano, superando as expectativas dos analistas do mercado financeiro.
De acordo com o documento publicado nesta manhã, a companhia apresentou um lucro líquido positivo, mas que representa para a empresa de bebidas uma queda superior aos 10% em relação aos números do mesmo período de 2021.
Balanço trimestral da Ambev
Os dados operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2022 da empresa que pertence ao grupo belga Anheuser-Busch InBev foram divulgados pouco antes da abertura do pregão desta quinta-feira (27).
Durante o período de julho a setembro, a empresa registrou uma Receita Líquida de R$ 20,5 bilhões, um aumento de 11,3% em comparação aos R$ 18,4 bilhões apresentados durante o terceiro trimestre do ano passado.
O lucro líquido da Ambev diminuiu, atingindo os R$ 3,21 bilhões no 3T22. Isso representa uma baixa de 13,4% ante o 3T21, mas um crescimento em relação ao segundo trimestre deste ano, quando registrou lucro de R$ 3 bilhões.
Apesar da diminuição do lucro líquido da companhia na comparação dos trimestres deste ano e do ano passado, no acumulado do ano até setembro, a Ambev possui uma alta de 4,6%. Até o final de setembro de 2021, a empresa possuía R$ 9,3 bilhões de lucro líquido, já este ano, o valor aumentou para R$ 9,8 bilhões.
Com relação aos números do Ebitda ajustado, a Ambev registrou neste 3T22 um total de R$ 5,6 bilhões, um crescimento reportado de 2,4%. Já com relação aos nove primeiros meses deste ano, o Ebitda ajustado está em R$ 16,6 bilhões.
Enquanto o mercado financeiro aguardava pela divulgação dos dados operacionais da Ambev (ABEV3) para o terceiro trimestre de 2022, as ações da empresa se valorizaram ao final do pregão desta quarta-feira (26).
Dessa forma, seus ativos fecharam o dia com uma alta de 1,27%, atingindo os R$ 15,10. No período de seis meses, seus papéis apresentam um crescimento de 2,86%%. No acumulado do ano, no entanto, as ações apresentam uma queda de 1,50%.
A teleconferência para a divulgação das informações está programada para ocorrer ainda nesta quinta-feira (27), às 12:30 horas (Horário de Brasília), e será feita através de um Webcast.
Proibição pelo Cade
Em votação na última terça-feira (25), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou a proibição de assinaturas de contratos de exclusividade entre a cervejaria e bares, restaurantes e casas noturnas até o final da copa do mundo, evento que deve ocorrer no Qatar.
Graças a um pedido da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), no entanto, eventos de cultura e de entretenimento foram excluídos da decisão, fazendo com que estes ainda possam assinar contratos que permitam a venda exclusiva de produtos da cervejaria.
Isso pois, de acordo com o órgão, eventos que se encaixam na classificação possuem um intuito totalmente diferente dos estabelecimentos investigados pelo Conselho.
No entanto, de acordo com analistas do Itaú BBA, a decisão do Cade não deve afetar o desempenho da cervejaria de forma significativa.
Em relatório divulgado pelo banco, eles afirmam que a rede de distribuição de cerveja ainda é um diferencial e um ponto forte da companhia, fazendo com que os contratos de exclusividade não tenham um impacto relevante no desempenho da empresa.
“Não está claro para nós o quanto os contratos de exclusividade impulsionam as vendas de cerveja em um ponto de venda específico, mas a forte logística da Ambev não deve ser menosprezada”, disseram.
Assim, para os analistas, mesmo em um cenário de estresse provocado pela decisão, por estar à frente do mercado em geral, a Ambev não deve ser afetada.
A medida, no entanto, também proíbe a Heineken de firmar contratos exclusivos nas zonas estabelecidas pelo órgão.