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Após derrota de Bolsonaro, caminhoneiros bloqueiam rodovias em ao menos 14 estados

A reação foi provocada pelo resultado das eleições presidenciais

Logo após a derrota de Jair Bolsonaro (PL), que disputava sua reeleição no segundo turno das eleições presidenciais contra o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), grupos de caminhoneiros bloquearam vias em ao menos 14 estados brasileiros.

Os opositores à vitória de Lula começaram a fechar as vias ainda no último domingo (30), logo após o anúncio da vitória do petista.

Bloqueio de rodovias

Os primeiros relatos de paralisações em vias espalhadas pelo Brasil começaram logo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) declarar a vitória do candidato Lula para a Presidência da República, às 19:57 horas (Horário de Brasília) de ontem.

Apesar de se concentrarem, majoritariamente, em rodovias federais, os caminhoneiros também realizaram atos de protesto em vias estaduais.

Trecho bloqueado da Via Dutra (BR-116)/Foto: Reprodução

A maioria dos bloqueios eram total: nenhum veículo era permitido a seguir viagem pelos opositores à vitória de Lula.

Apesar disso, há relatos de que em alguns lugares, havia um seleto grupo de automóveis que era permitido transpassar o fechamento, como ambulâncias e carros de passeio.

Na noite de domingo, os primeiros registros ocorreram no estado do Paraná, com o bloqueio da rodovia BR 277, que começa no Porto de Paranaguá e termina na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu.

Dessa forma, na madrugada entre o dia das eleições e esta segunda-feira (31), caminhoneiros deram continuidade ao ato de protesto, bloqueando os dois sentidos da Via Dutra, que percorre um trecho entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

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Logo depois, foram registrados atos em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No entanto, por volta das 14 horas do dia de hoje, foram contabilizados 83 protestos em, pelo menos, 14 estados brasileiros, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Goiás, Pará e Bahia.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), denunciada por eleitores por dificultar o acesso de eleitores às zonas eleitorais neste domingo (30), medidas para que o fluxo de veículos seja normalizado foram tomadas ainda no dia de ontem.

Além disso, na manhã desta segunda-feira, a PRF disse ir à justiça para normalizar a situação, dando início ao processo de negociação com os caminhoneiros para que a liberação das vias seja feita.

Liberação da BR 116, KM 450 Sul/Foto: Twitter – Polícia Rodoviária Federal em São Paulo

“Desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, a PRF direcionou equipes para os locais e iniciou o processo de negociação para a liberação das rodovias priorizando o diálogo para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos”, disse a organização em nota.

Ainda nesta segunda-feira, o líder dos caminhoneiros Wallace Landim, também conhecido como Chorão, divulgou um vídeo reconhecendo a vitória do petista e pedindo o fim dos bloqueios.

No vídeo, Landim diz que este não seria o momento certo de parar o Brasil, reprimindo a paralisação das vias.

“Vamos ter responsabilidade e lutar sempre. Mas pelo nosso segmento, pelo nosso país. Então, vamos aceitar. Isso é a democracia”, disse Chorão.

PRF vai à AGU

Ainda no dia de hoje, a Polícia Rodoviária Federal disse que acionou a AGU (Advocacia-Geral da União) em uma tentativa de liberar as vias bloqueadas por opositores da vitória de Lula.

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Assim, além de afirmar que o monitoramento dos locais propensos a novos bloqueios está sendo feito, a organização também confirma que a AGU foi acionada nos estados onde foram registradas paralisações de vias.

Resultado das eleições presidenciais

Com 50,9% dos votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito Presidente da República no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

A porcentagem totaliza 60 milhões de votos recebidos, o que representa a maior quantidade de votos recebidos por um candidato à Presidência do país desde a redemocratização.

O recorde anterior também era detido por Lula, quando o petista garantiu 58,3 milhões de votos nas eleições de 2006 contra Geraldo Alckmin, de acordo com o TSE.

Além de não reconhecer a vitória do oponente até o momento, Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro candidato à presidência do Brasil a não se reeleger.

O segundo turno das eleições também foi responsável por eleger 12 governadores em estados brasileiros.