Como ficam meus investimentos na troca de governo?
Você está preocupado com seus investimentos após a mudança de governo? Não se desespere, pois vou explicar agora como proteger seu patrimônio em ano eleitoral e mitigar seu risco.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, pela terceira vez, presidente do Brasil. Lula assumirá o Palácio do Planalto em 2023 e terá o seu mandato mais desafiador, entre eles o controle da inflação da taxa básica de juros, a Selic. Entretanto os investidores estão se perguntando, o que vai acontecer com meus investimentos?
No momento não há muito com o que se alarmar, pois o mercado já havia precificado o resultado das urnas, ou seja, antes mesmo das eleições os títulos de renda fixa e a renda variável já haviam antecipado os preços a ser praticado. Porém, os próximos dois meses deverão ser muito intensos, principalmente na renda variável, mas devemos observar alguns fatores.
“Primeiro ponto é o presidente Bolsonaro aceitar a derrota nas urnas. Segundo, como será feito o período de transição nesses dois meses e, por fim, o anúncio da equipe econômica por parte do novo governo”. Alguns nomes já estão sendo falados, como o do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo alguns especialistas, o nome cotado traria tranquilidade para a economia do País.
Investimentos em renda fixa
Continuemos de olho no mercado de renda fixa, pois os títulos continuam sendo “os favoritos dos brasileiros”, e ainda estão em alta, já que na última reunião, o Copom decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% com indícios de que permaneça nesse nível até o próximo ano.
O mercado acionário também é promissor para os próximos meses, mesmo com a alta volatilidade, pois o Presidente o governo que está por vir, pode estreitar imagem do Brasil frente ao cenário internacional, podendo trazer melhores resultados para a bolsa de valores no próximo ano, pois a promessa do próximo governo é de “unir o país, melhorar as relações internacionais, e resgatar o desempenho econômico do Brasil”.
Turbulência em ano de eleições é comum e sabemos que historicamente o mercado tende a se acalmar após a virada de ano e a passagem de bastão.
Melhor opção
No cenário atual não existem opções melhores do que a renda fixa, pois trará segurança para o investidor. Então, quem tem mais experiência com investimentos, está alocado em percentuais maiores do capital voltado para a renda fixa. Agora, no futuro, com as sinalizações de queda de juros, o ideal é repensar na estratégia de investimentos, e arriscar mais em renda variável, para aproveitar as “promoções” e oportunidades no mercado.
O ideal é que neste momento delicado que o Brasil está passando, os investidores não entrem em pânico, pois o período conturbado vai passar e os investidores com horizonte de longo prazo tendem a ser mais bem sucedidos em suas aplicações.
A dica é: não se desesperem e não faça mudanças bruscas em sua carteira de investimentos, para quem é investidor de longo prazo e mais experiente, pode arriscar mais em ações em Fundos imobiliários, pois estes ativos em sua maioria, ainda estão bem descontados, já para o investidor iniciante e quem não tem tanto apetite ao risco, direcione o olhar para a Renda Fixa que ainda é uma ótima opção e lembrem-se, o que vai proteger a sua carteira é a diversificação entre os ativos, nunca concentre todo seu patrimônio em apenas uma classe de ativos.
-Leandro Bezerra
*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.