O que é Buyback? Entenda a recompra de ações – ESTOA

O que é Buyback? Entenda a recompra de ações

Comprar e vender ações é uma prática comum entre investidores, mas a recompra não é tão comum e este processo tem nome, Buyback, entenda


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No agitado mundo da bolsa de valores, é comum a venda e compra de ações, respeitando é claro o período de silêncio, este agitado mercado quando aberto, movimenta bilhões em reais, euros e dólares por dia. Existem diversas táticas de investidores para entrar neste mundo, encontrar a ação dos sonhos a um preço interessante ou até mesmo apostar na ação que pode lhe render algum retorno futuro.

E falando em retorno, há uma prática existente no mercado de ações que traz de volta para a própria empresa, suas ações, o movimento é possível e conhecido como Buyback, e claro isso tem um forte impacto no mercado e principalmente sobre os acionistas, entenda agora este passo que algumas instituições estão realizando. 

O que é Buyback?

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Buyback é a prática de uma empresa que adquire por compra, as próprias ações que foram negociadas ou destinadas a uma negociação no mercado, os objetivos deste negócio é a distribuição da renda para os acionistas ou simplesmente para impedir uma empresa rival ou não segmentada dentro da área de atuação, compre aquela ação e tenha direitos ou controle sobre a empresa. Um exemplo da alta movimentação em Buyback é nos Estados Unidos, no ano de 2018 o segmento movimentou cerca de US$ 1 trilhão. 

Quando o valor da ação cai significativamente, a empresa costuma recomprar para evitar que desvalorize sua marca, neste caso é válido realizar o buyback, reacender a empresa no mercado e colocará à venda esta ação novamente, reformulada e que tenha futuramente uma renda interessante.

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No Brasil existem normas geradas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que só autorizam o processo de Buyback, caso seja para uma manutenção de tesouraria, cancelamento da venda ou alienação dos papéis da ação. A CVM coloca um dos princípios do Buyback em suas normas no Brasil, que a recompra de uma ação deve ser feita somente se houver certeza do movimento irracional perante o ativo.

A CVM estabeleceu algumas outras normas sobre buyback, como:

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  • Manter somente até 10% de cada classe ou tipo de ação em tesouraria;
  • Impedimento de realizar compras se não houver recursos disponíveis;
  • Prazo de 18 meses para completar a operação;
  • Necessidade de aprovação do conselho de administração ou assembleia geral, conforme o caso.

As consequências do Buyback

Free Float é o percentual das ações de uma empresa em circulação na Bolsa de Valores que encontra-se livre para qualquer investidor interessado e nunca é bom para o valor de uma ação, diminuir o Free Float é uma das consequências geradas pelas realização do Buyback, e assim uma diminuição na liquidez do papel, que se tornará menor. Existe um limite mínimo de Free Float para empresas negociadas na bolsa de valores.

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Um forte impacto para os acionistas envolvidos é esperado no processo de Buyback. As ações adquiridas que tenham como destino o cancelamento, seu lucro distribuído para os acionistas que não realizaram a venda dos papéis será dobrado. Isto acontece porque com um menor número de ações em circulação, a parcela do capital da empresa representada por cada ação torna-se maior.

Alguns analistas financeiros e críticos do modelo de Buyback, entendem como um método arriscado, pois esta prática significa que a empresa não possui alternativas para elevação do preço de suas ações, e até o momento da recompra, não conseguiu elevar de outra forma. A companhia pode sofrer um prejuízo com o procedimento se as condições do mercado mudarem e o preço desvalorizar.

No Brasil em 2021, aconteceram Buybacks por algumas empresas como: Odontoprev, Val, Bradesco, JBS, Petrobras, Grendene, Banco BMG, entre outras que adotaram este segmento financeiro. 

Conflitos de interesses podem acontecer dentro da empresa que teve o Buyback utilizado como prática, na recompra os acionistas que não venderam seus papéis e assim conseguiram um retorno maior, podem querer vender sua parte, o que daria a eles um lucro maior ainda e desvalorizar a ação. A operação pode atender a interesses dos mesmos em vez dos interesses da companhia.