Após ataques de mísseis na Polônia, OTAN  realiza reunião de emergência – ESTOA

Após ataques de mísseis na Polônia, OTAN  realiza reunião de emergência

O conselho de segurança polonês se reuniu para tratar sobre as explosões


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Nesta quarta-feira (16), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), realizou uma reunião para tratar sobre a queda de mísseis na Polônia, ontem (15), que matou dois civis.

A reunião foi organizada com urgência, entre os embaixadores da OTAN,  no qual o país europeu faz parte. Já o presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse que os mísseis disparados contra o país, na terça (15), possivelmente saíram da Ucrânia.

Os ataques na Polônia 

Ontem (15), houve duas explosões na cidade de Przewodów, que fica no sudeste da Polônia e próximo a fronteira da Ucrânia, de acordo com a imprensa polonesa, os ataques começaram por volta das 15:40, atingindo uma fazenda de grãos e causando a morte de dois civis.

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As forças de ordem bloquearam o acesso à cratera, isolando a região para que investigadores trabalhassem no local, com o objetivo de saber a origem do ataque. 

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki após as explosões, organizou uma reunião com o conselho de segurança, entretanto o primeiro-ministro havia afirmado que não era possível, naquele momento, definir a origem do bombardeio. 

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A reunião da OTAN

Na reunião de emergência organizada pela OTAN, foi analisado pelos embaixadores da organização, a possibilidade de utilizar o Artigo 4, no qual diz: “as Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.

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Por mais que os embaixadores tenham considerado utilizar o Artigo 4, para solucionar a investigação sobre os ataques, o primeiro-ministro polones, afirma que não será necessário usar esta medida. 

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a investigação está em andamento, assim como em análise preliminar: “sugere que o incidente foi provavelmente causado por um míssil de defesa aérea ucraniano disparado para defender o próprio território contra ataques de mísseis de cruzeiro russos”.

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“Deixe-me ser claro, isso não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade final ao continuar sua guerra ilegal contra a Ucrânia”, finaliza Stoltenberg.

Presidente da Polônia, Andrzej Duda  Créditos: Reprodução

A declaração de outros países sobre a explosão

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é possível que a origem do míssil seja da Rússia, apontando que tenha acontecido um erro de trajetória de um sistema antimísseis.

“Existe uma informação preliminar que contesta isso. Eu não quero afirmar isso antes de a investigação ser concluída, mas pela trajetória do míssil é pouco provável que ele tenha sido disparado da Rússia”, afirmou Joe Biden.

O Ministério de Defesa da Rússia negou que o ataque tenha sido realizado pelo país, classificando como: “uma provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação”. Já o governo russo afirmou em um comunicado que as declarações sobre os mísseis serem do país foram: “uma provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação”.

A França declarou apelo por prudência, alegando que vários países do leste europeu possuem o mesmo tipo de míssil. Já a China, pediu para que todas as partes envolvidas, tenham calma para evitar uma escalada de violência 


“A posição da China sobre a questão ucraniana é a mesma desde o início e ela é clara: a prioridade absoluta é de realizar um diálogo e negociações para resolver a crise de maneira pacífica”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que sobre a explosão na Polônia: “Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um ao alcance dos mísseis russos. Disparar mísseis contra o território da Otan. Este é um ataque de mísseis russos contra a segurança coletiva! Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir”.

O assessor do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, afirma que a Rússia é a responsável pelo incidente na Polônia: “Na minha opinião, é necessário aderir a apenas uma lógica. A guerra começou e está sendo travada pela Rússia, que ataca massivamente a Ucrânia com mísseis de cruzeiro. A Rússia transformou a parte oriental do continente europeu em um campo de batalha imprevisível.”

Presidente dos EUA, Joe Biden Créditos: Reprodução

Por fim, o presidente da Polônia disse que mesmo com a desconfiança de que os mísseis tenham sido feitos pela Ucrânia, uma investigação ainda está sendo realizada pelos chefes de segurança do país, com o objetivo de confirmar a origem do ataque.