Na COP 27, Lula defende que a agenda climática e o agronegócio seja prioridade em seu próximo governo – ESTOA

Na COP 27, Lula defende que a agenda climática e o agronegócio seja prioridade em seu próximo governo

“Não há uma segurança climática segura para o mundo sem uma Amazônia protegida”, disse o presidente eleito


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Nesta quarta-feira (16), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, discursou no evento da COP27, conferência internacional climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Sharm El-Sheikh, no Egito. Lula garantiu que, em seu governo, a agenda climática será prioridade, e o agronegócio será um “aliado estratégico”. 

Além disso, ele defendeu a geração de riqueza sem alteração do clima e a exploração responsável da biodiversidade da Amazônia.

“Vamos provar que é possível promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica e não mais como inimiga a ser abatida a golpes de tratores ou motosserras”, disse.

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Lula também propôs a criação de uma aliança mundial pela segurança alimentar para combater a fome e a desigualdade social.


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Crimes ambientais 

Sobre os crimes ambientais, o presidente eleito alega que irá combater sem tréguas, além de dizer que dará destaque às mudanças climáticas no seu próximo governo, que dará início em 1º de janeiro de 2023. 

Lula destacou que, “não há uma segurança climática segura para o mundo sem uma Amazônia protegida”, e se comprometeu a zerar o desmatamento e a degradação dos biomas brasileiros até 2030. 

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 “Os crimes ambientais que cresceram de forma assustadora durante o governo que está chegando ao fim, serão agora combatidos sem trégua. Vamos recriar e fortalecer todas as organizações de fiscalização e o sistema de monitoramento que foram desmontados nos últimos quatro anos.”

“Vamos punir com todo o rigor o responsável por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, seja mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida”, esses crimes afetam sobretudo os povos indígenas”, ressaltou.

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Lula não revelou o nome do futuro ministro do meio ambiente, mas destacou que “o combate à mudança climática terá o mais alto perfil na estrutura do próximo governo”.

Discurso de Lula na COP 27 /Foto: Reprodução

Produção agrícola

O presidente eleito afirmou que a “produção agrícola sem equilíbrio ambiental deve ser considerada uma ação do passado”. “A meta que vamos perseguir é a da produção com equilíbrio, sequestrando carbono, protegendo a nossa imensa biodiversidade, buscando a regeneração do solo em todos os nossos biomas, e o aumento de renda para os agricultores e pecuaristas”, pontuou.

“Estou certo de que o agronegócio brasileiro será um aliado estratégico do nosso governo na busca por uma agricultura regenerativa e sustentável, com investimento em ciência, tecnologia e educação no campo, valorizando os conhecimentos dos povos originários e comunidades locais”, acrescentou.

Combate à desigualdade e clima

Segundo Lula, “a luta contra o aquecimento global é indissociável da luta contra a pobreza” e que é preciso reunir esforços para que os países mais pobres, os mais afetados pelas mudanças climáticas, possam enfrentar as consequências da crise ambiental.

“Estou hoje aqui para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável, de um mundo mais justo, capaz de acolher com dignidade à totalidade de seus habitantes, e não apenas à uma minoria privilegiada”, disse.


Lula reafirmou o seu compromisso na construção de um planeta mais saudável e um mundo mais justo. 

“O Brasil está de volta para reatar laços com o mundo, para cooperar com países mais pobres, estreitar relações com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos”, completou.

COP30 no Brasil

Em seu discurso, Lula ofereceu o Brasil como sede da COP30, que acontecerá em 2025. Além de propor a realização da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica.

O presidente eleito diz que o objetivo é fazer com que, “Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela possam, pela primeira vez, discutir de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região, com inclusão social e responsabilidade climática.”