Gasolina sobe pela 6º semana consecutiva, mesmo sem reajuste da Petrobras – ESTOA

Gasolina sobe pela 6º semana consecutiva, mesmo sem reajuste da Petrobras

A Petrobrás mantém o preço do combustível congelado a 83 dias em suas refinarias


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A gasolina subiu de preço pela sexta semana consecutiva, e permanece acima dos R$ 5 reais por litro, mesmo com a Petrobrás mantendo o preço do combustível congelado a 83 dias em suas refinarias.

Entre 13 e 19 de novembro, o preço médio do litro do combustível subiu 0,6% nos postos brasileiros em comparação com a semana anterior, onde estava sendo vendido por R$ 5,02 passando para R$ 5,05, como mostra o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O aumento ocorreu desde 2 de outubro, quando o litro chegou a custar R$ 4,79, no acumulativo de lá para cá, o preço do combustível obteve uma alta de 5,4%, totalizando seis aumentos semanais seguidos ao consumidor.

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ANP relata alta nos preços dos combustíveis 

O valor mais caro encontrado nos postos brasileiros na última semana, segundo a ANP, foi de R$ 6,99. Os aumentos recorrentes se devem, sobretudo, à alta de preços do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina e registrou aumento no preço de 1,32%.

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Em média, passou de R$ 3,79 por litro para R$ 3,84. O combustível vem de sete semanas em alta, após cinco meses de queda. 

Nas últimas dez semanas, a alta acumulada do insumo já chega a 15,2%. Esse aumento vai sendo aos poucos repassado ao preço final da gasolina.

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Já o diesel teve a segunda semana seguida de alta na margem. O preço médio do litro caiu de R$ 6,59 para R$ 6,57, representando uma queda de 0,3%. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,89.

As altas nos preços dos combustíveis vendidos aos consumidores acontecem apesar de os combustíveis vendidos pela Petrobras às distribuidoras não sofrerem aumento desde junho.

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Gasolina da Petrobras já está 1% acimo do exterior/ Foto: Carlos Azevedo/NOVO Notícias

Refinarias apresentam redução de preços

De acordo com o Estadão, as semanas anteriores, pesaram aumentos pontuais no preço da gasolina realizados por refinarias privadas, importadores e varejistas. Mas a maior dessas refinarias totalmente privadas, a de Mataripe (BA), da Acelen, vem reduzindo seus preços há pelo menos três semanas. 

A Acelen responde por cerca de 30% da produção industrial da Bahia e 14% da produção nacional de gasolina.

A redução de preços foi uma das propostas da campanha do presidente Jair Bolsonaro quando estava concorrendo à reeleição. O preço começou a cair no fim de junho, quando o valor médio do litro da gasolina chegou a um pico de R$ 7,39.

O governo conseguiu reduzir impostos federais e estaduais, medidas que foram seguidas de quatro reduções no preço praticado pela Petrobras nas refinarias.

A ofensiva fez o preço do combustível baixar até 35%, mas, com a alta das cotações internacionais do petróleo e derivados, a Petrobras ficou sem espaço para novas reduções e altas no preço final ao consumidor foram verificadas ainda entre o primeiro e segundo turno das eleições.


Paridade de Preço Internacional

O Preço de Paridade Internacional (PPI) é uma política de preços implementada em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O índice se baseia nos custos de importação, que incluem transporte e taxas portuárias como principais referências para o cálculo dos combustíveis.

A Petrobras pratica a política de preços da (PPI), onde é determinado que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são praticados no exterior.

Segundo os últimos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço do diesel está em 5%.

A gasolina da Petrobras, no entanto, já está 1% acima do preço médio praticado no exterior, em decorrência da queda internacional dos preços do petróleo nas últimas semanas.