Saiba como a alta taxa de desemprego afeta a economia de um país e quais são os seus tipos – ESTOA

Saiba como a alta taxa de desemprego afeta a economia de um país e quais são os seus tipos

De acordo com esses dados do PNAD, no segundo trimestre de 2021, o Brasil está com uma taxa de desemprego de 14,1%, número que gira em torno de 14,4 milhões de desempregados.


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A alta taxa de desemprego é considerada um dos principais problemas de um país. Ela pode gerar uma série de problemas estruturais e sociais, como por exemplo a fome e a desigualdade social. Além de criar situações que são difíceis de serem contornadas, a taxa de desemprego é um dos principais indicadores de mensuração da atividade econômica de uma nação. 

Apesar de parecer um conceito concreto, o desemprego conta com algumas ramificações que ajudam a entender o motivo daquele alta ou baixa na taxa. A seguir vamos explorar esses conceitos e mostrar maneiras de contornar essa situação.

DESEMPREGO

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Segundo a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é quem faz a mensuração da taxa de desempregados no Brasil, o conceito de desemprego se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. 

Esta definição é feita desta forma porque há pessoas acima de 14 anos que não estão trabalhando, mas também não estão disponíveis para esta atividade, como é o caso de estudantes, donas de casa e empreendedores que possuem seu próprio negócio. 

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Para fazer o cálculo do desemprego no Brasil, o IBGE utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua.

A pesquisa foi planejada para produzir indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes (como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação etc.).

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De acordo com esses dados do PNAD, no segundo trimestre de 2021, o Brasil está com uma taxa de desemprego de 14,1%, número que gira em torno de 14,4 milhões de desempregados.

Para analisar a situação de forma geral é necessário entender o motivo desses números, saber quais são os tipos de desemprego e relacionar para compreender a situação brasileira.

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TIPOS DE DESEMPREGO

Desemprego Estrutural

O desemprego estrutural tem relação com uma demanda de vagas de trabalho menor do que a quantidade de trabalhadores disponíveis. Essa situação não ocorre apenas por razões de enfraquecimento da economia, mas também pelo desencontro das habilidades de um profissional com as vagas ofertadas no mercado. 

Um exemplo claro de quando isso pode acontecer é quando a tecnologia substitui o homem em determinada função. 

Hoje em dia, muitos ônibus do transporte público de São Paulo não contam mais com o tradicional ‘cobrador’, que tem como função recolher o valor da passagem de quem utiliza aquele serviço. Hoje em dia, muitas pessoas acabam se utilizando de cartões recarregáveis, deixando de lado o dinheiro e assim, não utilizando o serviço daquele funcionário. Como consequência, ele perde sua função e o emprego. 

Outras situações que envolvem o desemprego estrutural é a dificuldade de realocação de uma pessoa no mercado de trabalho por conta da especialização específica do cidadão. Por fim, podemos citar a alteração do nível de consumo de determinado serviço, como por exemplo vendedores de lojas de shopping após as épocas de final de ano. 

Para resolver este tipo de situação, geralmente são utilizadas práticas de longo prazo, como por exemplo uma qualificação educacional para o exercício de diversas funções no mercado. 

Desemprego conjuntural

O desemprego conjuntural está extremamente ligado ao desempenho econômico e tem como principal motivação uma situação de crise ou recessão de uma nação. 

A principal característica de uma crise econômica é a redução do consumo e do investimento, e assim, praticamente como um efeito dominó, a demanda por trabalhadores também diminui e é dessa forma que a taxa de desemprego tende a aumentar vertiginosamente.

Podemos citar que esse é o atual caso do Brasil, um país que como todo o resto do mundo está sofrendo as consequências da pandemia do novo coronavírus, diminui sua oferta de trabalho país adentro e vê sua taxa de desemprego subir.

Porém, para esta situação mudar e o Brasil voltar a crescer economicamente e diminuir essa taxa, o desemprego conjuntural precisa ser combatido como prioridade. 

Desemprego Friccional

O desemprego friccional é o fenômeno que não deixa que a taxa de desemprego chegue a zero ou muito perto deste número. Isto se deve ao fato de que é muito difícil que todas as pessoas aptas estejam trabalhando ao mesmo tempo. A relação não tem a ver com a oferta de vagas, porque mesmo em períodos de alta da economia, ainda existirá este tipo de desemprego.

O motivo para sua existência é que sempre existirá pessoas que estarão em momento de troca de postos de trabalho ou que estão em casa, procurando alguma oferta melhor. Por ter uma característica de prosperidade e de curto tempo, ele é considerado um “desempregado saudável” do ponto de vista econômico. 

Desemprego sazonal

O melhor exemplo para entender este tipo de desemprego se dá na agricultura. Na época da colheita, por exemplo, mais pessoas são contratadas. Enquanto ao fim da colheita mais pessoas são demitidas.

Conseguiu compreender as questões relacionadas ao desemprego e seus tipos? Deixe um comentário com sua opinião.