Guedes se reúne com economistas da equipe de Transição – ESTOA

Guedes se reúne com economistas da equipe de Transição

A PEC da Transição, no entanto, não foi abordada


Advertisement


Advertisement


Nesta quinta-feira (24), o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com economistas da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar de não tratar sobre a PEC da Transição, que prevê manter a manutenção do Auxílio Brasil, que deve voltar a se chamar Bolsa Família, de R$ 600,00 fora do Teto de Gastos, a equipe econômica deve levar as opiniões do ministro em consideração.


Advertisement


Equipe de Transição se reúne com Guedes

O encontro teve início às 11:00 horas (Horário de Brasília), na sede da pasta, e marcou a primeira vez em que os coordenadores da transição e o atual Ministro da Economia.

Anteriormente, Guedes havia se oposto às falas do presidente eleito Lula acerca da reação negativa do Mercado Financeiro sobre a PEC da Transição.

Advertisement


Durante a reunião com Paulo Guedes, estavam presentes os economistas Nelson Barbosa e Guilherme Melo, ambos participantes do grupo econômico da equipe de transição.

Da esquerda para direita, Nelson Barbosa e Guilherme Melo, da equipe de Transição/Foto: Reprodução

Assim, em uma coletiva, Barbosa afirmou que Guedes colocou sua equipe “à disposição do governo eleito”, além de confirmar que reuniões técnicas posteriores serão feitas.

Advertisement


Elas serviriam, de acordo com o economista, para levantar dados necessários para a equipe de transição.

“As informações que o ministro apresentou e as opiniões que o ministro deu serão levadas em consideração pela transição”, afirmou o coordenador da área de economia.

Advertisement


Ainda durante a entrevista coletiva, quando questionado pelo veículo Metrópoles se a PEC da Transição foi ou não abordada durante o encontro, o economista disse que “Não tratamos da PEC, pois ela está sendo negociada no Congresso.”

Segundo o coordenador, o único tema tratado foi a transição em si, “como processar os atos administrativos, agenda de dezembro e janeiro”.

O atual Ministro da Economia apresentou, também, dados que indicariam que o novo governo assumiria um cenário econômico positivo.

Isso, pois parte da equipe de transição do governo Lula vem fazendo críticas constantes à gestão de Guedes, dizendo que o partido eleito herdará sequelas do atual ministro.


Ele disse, ainda, que a conversa possui um tom sigiloso, assim como as impressões que o ministro deu aos coordenadores.

Orçamento 2023

O coordenador da área econômica afirmou, também, que o orçamento do próximo ano não foi discutido. Isso pois, segundo Barbosa, o tema ainda não tramita na Comissão Mista do Orçamento (CMO), do Congresso Nacional.

Antes de tudo, para o economista, é preciso saber qual será o tamanho do Orçamento de 2023, “que está sendo objeto de negociação pelos representantes do governo eleito com o parlamento para aumentar ou não o Orçamento do ano que vem.”, disse.

Entrega da PEC é adiada

Além disso, na véspera da primeira reunião entre o atual Ministro da Economia e os representantes da equipe de Transição do governo Lula, na noite da última quarta-feira (23), a entrega da PEC que prevê a manutenção dos R$ 600,00 do Auxílio Brasil durante o ano que vem ao Senado foi adiada.

Isso ocorreu pois houve uma falta de consenso entre os líderes do Senado Federal. Esta foi a terceira vez em que a entrega da Proposta de Emenda Constitucional mudou de data.

Segundo o Senador e relator-geral do Orçamento 2023, Marcelo Castro (MDB-PI), o objetivo é fazer com que a PEC seja aprovada no Senado até o fim de novembro, ressaltando que “o mais difícil não é tramitar, é chegar a um entendimento de qual é o texto ideal”.

Senador e relator-geral do Orçamento 2023, Marcelo Castro (MDB-PI)/Foto: Senado Federal

“Hoje não será apresentado. Não foi formado consenso. Eu tenho defendido desde o início que nós gastemos nossa energia para o consenso.”, disse.

A minuta foi entregue pelo vice-presidente eleito e coordenador geral da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), no dia 16 de novembro.

No entanto, os valores e prazos geraram discordância entre os parlamentares.