Taxa de desemprego é a menor no Brasil desde 2015, segundo IBGE – ESTOA

Taxa de desemprego é a menor no Brasil desde 2015, segundo IBGE

Dados da Pnad Contínua apontaram a oitava queda consecutiva do índice


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Nesta quarta-feira (30), foram divulgados os números de desemprego no Brasil para o mês de outubro. Os dados que são fornecidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) apontaram a oitava queda seguida da taxa de desemprego que se iniciou entre os meses de janeiro e março deste ano.

O recuo em outubro divulgado pelo IBGE faz com que o país tenha um número de desempregados no trimestre entre agosto e outubro muito menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando quase 13 milhões estavam sem emprego.


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Números da Pnad sobre desemprego

De acordo com o IBGE, até o final de outubro, a taxa de desemprego caiu no país para o menor patamar em mais de sete anos. No trimestre móvel de agosto a outubro, a taxa de desocupação ficou em 8,3%, para um total de pouco mais de 9 milhões de pessoas. No trimestre terminado em setembro a taxa era de 8,7%.

Além de ser o menor nível de desemprego no país desde abril de 2015 quando atingiu 8,1%, se considerarmos somente os trimestres móveis encerrados em outubro, este é o menor patamar desde 2014.

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Taxa de desemprego é a menor no Brasil desde 2015, segundo IBGE
Número de desempregados chegou ao maior nível desde 2015 /Foto: Reprodução

A queda do índice veio ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam uma taxa de desemprego em outubro na casa dos 8,5%. Em números absolutos, os 9 milhões de brasileiros desempregados também representam a menor quantidade para o período desde 2014, quando 6,7 milhões estavam desocupados.

Segundo os dados do IBGE, desde que os cálculos com relação à população ocupada foram iniciados em 2012, o trimestre até outubro bateu o recorde da série, com uma alta de 1% com relação ao trimestre encerrado em setembro, subindo para 99,7 milhões.

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Assim como o número de pessoas ocupadas aumentou, o percentual de pessoas empregadas com idade para trabalhar também subiu, chegando ao maior patamar desde 2015. O nível de ocupação saltou 0,4 p.p. no trimestre, totalizando 57,4%.

Em meio às variações com relação ao número de pessoas ocupadas, um número se manteve estável, o dos desalentados. Essa parte da população que é composta por pessoas que estão em idade para trabalhar mas que não procuram emprego manteve a sua estabilidade, somando 4,2 milhões de pessoas, apontou a Pnad Contínua. 

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O período de três meses encerrado em outubro também trouxe um aumento com relação ao rendimento real dos trabalhadores, que saltou cerca de 4,7% na comparação anual, subindo para R$ 2.754. Já no comparativo com o trimestre anterior, o crescimento foi de 2,9%.

Trabalhadores com carteira assinada e informais crescem

A pesquisa divulgada pelo IBGE também trouxe dados com relação aos trabalhadores formais e informais, e ambos apresentaram alta no trimestre. O maior crescimento no nível de ocupação foi obtido pelos trabalhadores sem carteira assinada, que somando os setores público e privado correspondem a mais de 16 milhões de trabalhadores.

Taxa de desemprego é a menor no Brasil desde 2015, segundo IBGE
Trabalhadores informais tiveram o maior crescimento em outubro /Foto: Reprodução

A alta expressiva no número de pessoas trabalhando sem carteira assinada fez com que a taxa de informalidade crescesse durante o semestre. Ao todo, das quase 100 milhões de pessoas ocupadas, cerca de 39 milhões são informais.

Apesar disso, a quantidade de pessoas com carteira assinada continuou com o seu caminho de alta que já vem desde o ano passado. A comparação anual aponta para uma alta de 8,3% no número de trabalhadores registrados, somando os setores públicos, privados e trabalhadores domésticos, um salto de 36,4 milhões para 39,4 milhões.

Mesmo com a alta dos trabalhadores informais, o número de trabalhadores por conta própria fechou o trimestre em queda. Entre agosto e outubro, cerca de 25,4 milhões de pessoas estava nessa condição, uma diminuição de 1,8% na comparação trimestral.