Banco Central altera regras de transferência via Pix
As mudanças feitas são uma maneira de facilitar os recursos de pagamentos bancários
O Banco Central do Brasil (BC) alterou, nesta quinta-feira (01), algumas regras de transferências feitas via PIX, no qual possibilita que pagamentos sejam feitos de maneira instantânea.
De acordo com o BC, as mudanças de limites do PIX são uma maneira de simplificar a implementação e aprimorar a experiência de seus usuários, assim como também manter o nível de segurança.
Mudanças
Uma das principais mudanças feitas pelo BC foi o fim da obrigação de limite por transação, no qual mantém a limitação por um período de tempo. Portanto, quando o usuário solicitar a redução de limite para transações de saque, pagamentos ou transferências, a instituição deve atender ao pedido imediatamente. Entretanto, quando o cliente solicitar o aumento, o prazo deve ser de 24 a 48 horas para entrar em análise.
Um dos parâmetros utilizados pelo BC para definir os limites de transações para pessoas jurídicas, ainda ficará a critério dos bancos, no qual o usuário efetua as suas transferências, assim como também a base para definir os limites de transações com finalidade de compra, que será através do TED, anteriormente realizado por cartão de débito.
“Embora a IN (instrução normativa) 331 tenha retirado a obrigatoriedade de limite por transação do Pix, mantendo apenas o limite por período de tempo, as regras para aumento e redução dos limites a pedido dos clientes não sofreram quaisquer alterações”, afirma o Banco Central.
Outra alteração feita pelo BC foi o horário noturno que, de acordo com a instituição, passará a ser opcional, ficando a critério do banco no qual a transferência é realizada, oferecendo a possibilidade do usuário final de solicitar se o período noturno ficará entre às 22:00 ou 06:00.
O aumento do valor limite para retirada de dinheiro por meio de transações PIX Saque e PIX Troco também foi alterado. Agora o limite para saque com PIX passa de R$500 para R$ 3 mil durante o dia, à noite o valor passa de R$100 para R$ 1 mil.
Em uma nota oficial, o Banco Central informou que: “Essa medida tem como objetivo adequar os limites usualmente disponibilizados nos caixas eletrônicos para saques tradicionais. Assim, com o PIX Saque, os usuários terão acesso ao serviço com condições similares às do saque tradicional”.
De acordo com a autarquia, as mudanças acontecem para facilitar o recebimento de recursos por correspondentes bancários, do mesmo jeito que já acontecem em lotéricas, onde o pagamento dos salários são viabilizados, assim como as aposentadorias e as pensões pelo Tesouro Nacional, que são feitas através do sistema.
Recorde de transações após o 13° salário
Ontem (30), o Banco do Brasil registrou que o sistema bateu um recorde de transações feitas em único dia, já que o INSS liberou o último dia para o pagamento da primeira parcela do 13° salário.
De acordo com a instituição, cerca de 99,4 milhões de transações foram realizadas. O último recorde foi em 7 de outubro de 2022, com 93,6 milhões de transações feitas num único dia.
O BC também disse que, atualmente, existem mais de 523 milhões de chaves Pix ativas e pelo menos 130 milhões de pessoas, entre elas 64 milhões de pessoas não utilizam a TED, como transferência de dinheiro entre contas.
A mudança feita pelo BC foi discutida durante a reunião plenária do Fórum PIX, no qual reuniu o mercado do Banco Central, no fim do mês de setembro. A autarquia também aprovou as mudanças para reformar a segurança a em transações via PIX contra fraudes e vazamentos.
Por último, o Banco do Brasil disse que as alterações feitas para a transferência via PIX, ficarão disponíveis a partir de 2 de janeiro de 2023, entretanto, os ajustes feitos na gestão dos limites para os clientes dos canais digitais, só ficarão disponíveis a partir de 3 de julho de 2023.