O que significa Neutralidade da Moeda?

Existe uma pergunta feita por uma pessoa “leiga” para mercado financeiro, economia e investimentos que é: “Se o país tá sem dinheiro, por que não imprime mais?”. E muitos ficam incrédulos com a pergunta, concordando que aquilo possa ter um fundo de verdade e se o país imprimir mais dinheiro, isso faria a população ter mais dinheiro e o país ser rico, mas esta prática pode levar a casos que você vai entender aqui e que já aconteceram com o Brasil e suas diferentes moedas nacionais. 

E aí que a neutralidade da moeda precisa estar presente, as políticas monetárias utilizadas em larga escala por Bancos Centrais visam garantir o funcionamento da economia, garantido o poder de compra da moeda.

Economistas, em sua maioria, rejeitam esta prática, afirmam que não há efetividade e ainda não é a melhor forma de manter uma estabilidade econômica.  

O que significa Neutralidade da Moeda?

A Neutralidade econômica é uma teoria que defende as variações na base monetária, mas que não afetem as variáveis reais da economia e essas variações seriam nominais, um exemplo são as taxas de câmbio, salários, preços em geral e muitos outros, assim a moeda seria neutra e de longo prazo.

E nesse sentido a neutralidade da moeda não faria sentido, pois a política monetária não seria efetiva, aumentar ou diminuir o número existente de moedas no país não altera o desemprego, consumo, investimento, exportações, produção interna e nível da atividade econômica. 

A neutralidade da moeda sempre sofrerá críticas a seus conceitos e isso coloca em uma espécie de balança, os economistas, assim a decisão de se é certo ou errado, bom ou ruim, pode variar.

Alguns economistas concordam que esta neutralidade monetária é satisfatória na explicação de como a economia se comporta em diferentes períodos, mas que isto em um período curto de tempo, seria inaplicável, os choques monetários poderiam afetar o público e isso seria ruim para a imagem do país.

Muitos economistas não gostam desta modalidade pois implica na contradição a outras teorias existentes, a keynesianismo, monetarismo e outras correntes econômicas.

O que é keynesianismo?

É um conceito de “revisão da teoria liberal” onde se coloca o poder totalitário na mão do Estado, que o país deveria sofrer interrupções na economia para controlar o que for necessário, evitando uma retração econômica e garantindo bens à população. Dentre suas principais características, são:

• Defesa da intervenção do Governo nas áreas que as empresas privadas não podem ou não desejam atuar
• Oposição ao sistema liberal
• Redução de taxas de juros
• Equilíbrio entre oferta e demanda
• Garantia do Pleno Emprego
• Benefícios sociais para a população de baixa renda

O que é monetarismo?

O monetarismo possui grandes características encontradas no keynesianismo. O monetarismo é uma doutrina econômica que defende o controle da moeda por parte do Estado, ela visa garantir a estabilidade do país e possibilita que o Estado controle a circulação da moeda dentro do país. 

Conceito da Neutralidade da Moeda

A atuação de um Banco central exerce poder de afetar a economia, ampliar ou reduzir a base monetária, assim a neutralidade da moeda implica em qualquer variação na oferta de moeda, sendo compensada e ao mesmo tempo, acontece uma variação proporcional nos preços e salários.

Fundamental na economia clássica, este modelo de neutralidade da moeda possui relação direta com o conceito de dicotomia clássica. Um princípio que afirma que as variáveis nominais que contaminam as variáveis reais devem sempre ser analisadas separadamente.

E aquela pergunta “Se o país tá sem dinheiro, por que não imprime mais?” pode ser respondida com estes conceitos acima, se caso o dinheiro fosse impresso mais vezes, haveria um custo e a inflação seria dobrada, gerando uma crise monetária dentro do país, a desvalorização da moeda seria em um tamanho a ponto daquela moeda não mais existir.

O controle da moeda que está em fluxo pelo país é importante e assim como as altas taxas cobradas por moedas estrangeiras também, cabe aos órgãos responsáveis pela fiscalização, uma intensa análise sobre a neutralidade da moeda dentro de um país.