Confira as 5 principais notícias que movimentam o Brasil e o mundo nesta quarta-feira
Mercadante no BNDES e votação do orçamento secreto estão entre os destaques
Entre os principais destaques desta quarta-feira (14) está a nomeação do ex-ministro Aloizio Mercadante ao cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O nome do coordenador técnico da equipe de transição do governo Lula havia provocado uma reação negativa do mercado ainda na segunda-feira, quando ainda era apenas uma especulação.
O sinal de desaprovação continuou após o anúncio, com o Ibovespa encerrando o dia em uma queda de 1,71%, depois de estar subindo 1% durante a tarde desta terça-feira. Neste momento, o medo do mercado é de que as contas públicas sejam pressionadas em virtude de novos empréstimos do BNDES subsidiados pelo Tesouro.
A princípio, o nome de Mercadante não podia ser encarado como uma opção para a função em virtude da Lei das Estatais que impedia que pessoas que participaram de campanhas eleitorais assumissem cargos em empresas públicas. No entanto, nesta terça-feira a Câmara aprovou uma mudança na Lei das Estatais, em que reduz esse entrave de 36 meses para apenas 90 dias, tornando Mercadante elegível para a presidência do BNDES
2. STF vota orçamento secreto após proposta de alteração
Depois de iniciar a votação da constitucionalidade do orçamento secreto na última quarta-feira (7), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar a votação hoje para decidir se as emendas do relator são de fato constitucionais com a expectativa de obter respostas após os questionamentos que devem ser feitos pela ministra Rosa Weber.
Nesta terça, às vésperas da votação, as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado apresentaram uma proposta de alteração nos critérios de distribuição das verbas do orçamento secreto. Em um ato que deve favorecer os partidos com maior presença na Câmara e no Senado – PL e PT – o texto propõe que sejam reservadas parte das emendas para o presidente e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e que o restante seja distribuído entre os partidos, de acordo com o tamanho das bancadas.
3. Fed anuncia hoje decisão sobre taxa de juros
Após divulgar os dados com relação ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que mede a inflação do país, os Estados Unidos irão terminar o dia de hoje com a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros. A última reunião do Fed deve apresentar novamente um aumento dos juros, porém de forma mais branda.
Após os dados abaixo do esperado para a inflação, cresceram ainda mais as apostas para um aumento de 0,50 ponto percentual dos juros, ao invés dos aumentos de 0,75 p.p. que vinham acontecendo. Em meio a expectativa para o anúncio do banco central norte-americano, os mercados globais amanheceram com a aposta de que haverá uma enxurrada de dinheiro em ações após o anúncio.
4. IBC-BR tem leve recuo em outubro
Nesta quarta-feira, o Banco Central divulgou os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) para o mês de outubro, que é considerado como uma prévia do PIB brasileiro. Segundo o BC, a queda de 0,05% fez com que pelo terceiro mês seguido a atividade econômica brasileira não apresentasse crescimento.
A última vez que o IBC-BR teve um avanço foi no mês de julho, quando subiu 1,92%, já em agosto apresentou queda de 1,13% e depois ficou estável em 0% no mês de setembro. No acumulado do ano, o índice registra um crescimento de 3,41%, enquanto em 12 meses até outubro, tem alta de 3,13%.
5. Sem IPOs desde 2021, primeira temporada de 2023 terá uma candidata
Após um longo hiato sem empresas interessadas em abrir capital na bolsa de valores, o cenário em 2023 deve começar a mudar aos poucos. A primeira temporada do ano para as ofertas iniciais de ações (IPOs) terá a sua primeira candidata desde agosto de 2021, quando a Oncoclínicas (ONCO3) passou pelo processo.
Após os temores do aumento da inflação, as empresas recuaram do interesse por novas IPOs e buscaram outros tipos de investimento. Em 2023, a primeira candidata a tocar o sino da B3 será a CTG Brasil, empresa geradora de energia da chinesa China Three Gorges, que espera levantar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões.
O cenário para o próximo ano, de acordo com o Itaú BBA projeta um aquecimento nas transações, com os analistas esperando entre 25 e 35 negócios entre IPOs e follow-ons (oferta subsequente de ações).