Confira as 5 principais notícias que movimentam o mercado no Brasil e no mundo nesta sexta-feira
Adiamento da votação da PEC e inflação na Europa são destaques nesta manhã
Entre os principais assuntos que repercutiram ao longo desta sexta-feira (16) está o adiamento da votação da PEC da Transição. O projeto que permitirá que o governo eleito gaste R$ 145 bilhões fora do teto de gastos estava previsto para ser votado nesta semana, porém não houve consenso entre os líderes da Câmara e Senado e petistas.
O anúncio de que a PEC estará na pauta para discussão na próxima terça-feira (20) foi feito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e prontamente aceito pelas alas do PT que não viam possibilidade da proposta ser aprovada nesta semana por não contarem com o apoio político necessário para chegar aos 308 votos de deputados. Lira também anunciou que no dia seguinte deverá ser analisado o Orçamento de 2023.
2. Senado pode barrar Lei das Estatais
Após o anúncio no início da semana de que a Lei das Estatais deveria passar por mudanças que iriam flexibilizar a quarentena para políticos que participaram de campanhas, permitindo a eles serem indicados para assumir cargos de alto escalão em empresas públicas, como o caso de Aloizio Mercadante no BNDES, a alteração pode não acontecer em 2022.
De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a proposta não deve ir direto para o plenário do Senado, sem antes passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Em virtude disso, a votação pode ficar para o ano que vem devido ao recesso parlamentar.
3. Inflação na Europa
Na manhã desta sexta, a Eurostat (escritório de estatísticas da União Europeia) divulgou os dados com relação ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da zona do euro em novembro, indicador que é responsável por medir a inflação oficial da região. Assim como era esperado, a inflação dos países que compartilham o euro como moeda oficial ficou acima dos dois dígitos.
Dados preliminares da Eurostat apontavam para uma inflação anual de 10%, que representariam uma queda, com relação aos 10,6% atingidos em outubro. No entanto, no acumulado de 12 meses o índice ficou em 10,1%. No mesmo período do ano passado, a inflação na zona do euro era de 4,9%.
4. Após queda brusca, Petrobras volta a fechar em alta
Depois de presenciar uma queda brusca de quase 10% na última quarta-feira (14), após o anúncio de mudanças na Lei das Estatais, a Petrobras viu as suas ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) se recuperarem parcialmente ao longo do último dia.
A companhia encerrou o pregão desta quinta-feira com os seus papéis ordinários em alta de 2,55%, sendo negociadas a R$ 24,91 enquanto as ações preferenciais fecharam o dia com uma alta de 2,65%, precificadas em R$ 22,04. Outra estatal que também se recuperou foi o Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 2,83%, após seis dias em queda.
Em meio a uma crise energética, os países europeus continuam vendo os preços do grupo de energia serem os causadores do maior impacto para a sua inflação de dois dígitos. Além da inflação, a taxa de juros da região também subiu 0,50 p.p. em novembro, chegando aos 2%.
5. Argentina se aproxima dos 100% de inflação
Vivendo o seu período de maior inflação na história, a Argentina teve nesta quinta-feira mais uma divulgação da inflação oficial do país, e como já era esperado por analistas, mais um aumento foi anunciado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) – 4,9% em novembro -, mas dessa vez abaixo das expectativas que eram de um aumento mensal de 6%.
Com isso, a inflação anual na Argentina chegou ao seu maior patamar em mais de 30 anos, em 92,4%, cerca de 15 vezes maior do que a taxa brasileira que está em 5,90%. Ainda que esteja próxima dos 100%, a notícia da redução mensal fez analistas considerarem que o congelamento de preços anunciado no início de novembro começou a mostrar resultados.