Empréstimo arriscado: o que é o Subprime – ESTOA

Empréstimo arriscado: o que é o Subprime

O crédito de risco catalisador da crise imobiliária de 2008


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Mundialmente famosa por ser a causa da crise imobiliária de 2008, subprime é uma categoria de ações no mercado norte-americano. A modalidade de crédito tem um maior envolvimento por ser uma sub classificação do crédito mais vantajoso, o prime rate.

De forma generalizada, subprime é uma ação de segunda linha, criada pelas instituições financeiras a fim de atender uma crescente população nos Estados Unidos, os clientes chamados de ninja. 


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O que é subprime?

Antecedendo à crise iniciada em meados de 2007, o país norte-americano estava entrando em um período de baixa dos juros no meio de um desenvolvimento econômico. Portanto, foi implementado um novo tipo de crédito, um mais arriscado, as chamadas hipotecas de alto risco. Seu público eram os clientes que não tinham renda, trabalho ou bens, desta forma, denominados como clientes NINJA (acrônimo de no income, no job, no assets, em inglês).

O subprime foi criado com o objetivo de atender essas pessoas justamente pela falta de garantias. Como eles apresentavam mais chances de inadimplência, foi pensado que o crédito mais adequado seria com os maiores riscos, não à toa que sua modalidade seja chamada de crédito de risco. 

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Logo, enquanto os bancos e outras instituições financeiras disponibilizaram acesso a financiamento, aluguéis e cartões de crédito ao público mais vulnerável, eles ofereciam os créditos mais incertos. Termo que depois da crise de 2008 ficou conhecido como “crédito podre”.

Empréstimo arriscado: o que é o Subprime
Crise do subprime impactou mercado hipotecário /Foto: Tumisu/Pixabay

A bolha imobiliária e seu estouro

A bolha imobiliária se refere ao mercado hipotecário, uma forma de financiamento muito comum nos Estados Unidos, a hipoteca. Como um modo de garantia, o cliente oferece seu imóvel ao banco caso seja impossibilitado de pagar sua dívida ou crédito.

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Justamente a causa da crise

Vejamos como exemplo o seguinte cenário: alguém interessado em financiamento solicita a seu banco um crédito, porém a pessoa se classifica como um cliente ninja. Portanto, garantindo seu imóvel em troca, a chamada hipoteca, o cliente é submetido ao crédito que o banco crê ser correspondente ao perfil, ou seja, o crédito de risco. Incapacitado de pagar o crédito irresponsável fornecido pelo banco, seu imóvel garantia é tomado. 

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Quanto maior a demanda do subprime, maior a produção pelo banco do crédito. Consequentemente, quando chegou a hora H e ninguém conseguia pagar suas dívidas, o banco tomou posse de dezenas de centenas de imóveis, desvalorizando o bem e o próprio mercado. 

O episódio se tornou a catástrofe conhecida considerando o número astronômico de usuários. Uma simples prática cresceu de tamanho, estruturando uma bolha financeira que posteriormente se tornou um dos maiores pilares do mercado imobiliário. 

A inadimplência e as outras causas

De maneira que a grande maioria das hipotecas foram concedidas durante um período estável das taxas de juros, a desvalorização prévia dos imóveis favoreceu no impedimento das pessoas a pagarem os bancos e adquirir demais empréstimos para refinanciarem suas hipotecas. E levando a considerar a quantidade alta de empréstimos a uma só pessoa, a mesma arriscava mais ainda estando sobrecarregada com créditos de risco.

Essa onda de inadimplência em massa resultou na desvalorização geral de propriedades, forçando os bancos a restringirem acesso a crédito, gerando uma crise mundial de liquidez.


A crise subprime de 2008

Embora não tenha sido o responsável solo, o subprime foi um dos principais impulsores da crise de 2008, a pior crise no mundo capitalista desde a Grande Depressão em 1929. Fortemente conceituado na irresponsabilidade, negligência e transgressão dos grandes bancos e instituições financeiras, o subprime crescia cada vez mais e mais, com suas aplicações arriscadas e desreguladas. 

Uma das maiores técnicas e estratégias adotadas em função de praticar esse crédito foi a alavancagem. A operação comum no mercado financeiro como método de potencializar e aumentar os ganhos de uma organização através de recursos de terceiros. Utilizado neste caso concedendo subprime e outros créditos de risco para quem quisesse.

A crise em si se deu graças ao estouro da bolha imobiliária, causada pelo alto nível de inadimplência, consequência do aumento da taxa de juros. O que gerou uma enorme desconfiança justificada nos bancos e queda na liquidez bancária, desvalorizando o preço dos imóveis. 

Vale ressaltar a fundamentalidade da bolha, considerando suas proporções bilionárias. Desta forma, quando a bolha estourou e o mercado colapsou, o mercado estadunidense inteiro entrou em crise, tendo ainda se manifestado a instituições financeiras exteriores atreladas ao mercado imobiliário dos Estados Unidos.