Para contenção de inflação, Argentina congela preços de mais de mil produtos – ESTOA

Para contenção de inflação, Argentina congela preços de mais de mil produtos

Em média, 1250 produtos tiveram preços congelados na Argentina para o país controlar a inflação, valor da moeda está desvalorizado


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A Argentina está passando por um grave momento em sua crise que já dura longos anos, a inflação no país alcançou números nunca antes vistos, chegando a ser a maior alta do mundo, até o início de outubro a inflação na Argentina acumula 37% em 2021. Para tentar impedir o avanço da inflação e que este número chegue até 50% antes do fim de ano, o governo argentino realizou um acordo formal com os empresários e líderes dos principais ramos comerciais, para que os preços de mais de 1250 produtos sejam congelados, entre eles o básicos da cesta alimentar serão reduzidos e não sofrerão aumentos até 7 de janeiro.

O secretário de Comércio Interior, Roberto Feletti, garantiu em comunicado que os produtos com preços congelados serão uma âncora para a inflação. A ideia do governo argentino é que em pouco menos de três meses, a crise seja estagnada e que o comércio possa avançar. A pobreza na Argentina ficou acima de 40% pelo segundo ano seguido, a inflação no país vem registrando dois dígitos em números de alta, há duas décadas. No começo de setembro, o governo decidiu aumentar em 16% o salário mínimo, elevando a 33.000 pesos mensais, cerca de US$ 317 e no Brasil o valor seria de aproximadamente R$ 1,650.00.

Roberto Feletti, (centro) Secretário do Comércio Interior em reunião parlamentar

A exportação de carne da Argentina caiu 17% em agosto e este fato ajudou no agravamento da inflação, somado o valor desde Outubro de 2020 a inflação já chegou a 52.5%. A moeda argentina, o peso, equivale a R$ 0,05 a cada 1 peso e isso facilita que os brasileiros possam consumir o turismo na Argentina, os preços de hotéis, pousadas e lugares turísticos estão com preços congelados para apoio ao turismo. Os câmbios estão aceitando a troca de real por pesos argentinos em busca de uma injeção de dinheiro no país e valorização da moeda nacional. O Mercosul foi um grande intercessor para que isso acontecesse, anteriormente o país só aceitava de estrangeiros o dólar. 

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A crise na Argentina também apresenta impactos em alguns pontos do Brasil, o mercado de exportação de frango para o país caiu e a vinda de argentinos para o país é quase nula em 2021, vide que o avanço da covid-19 também caiu no Brasil. Na apresentação do plano de preços congelados, Feletti argumentou que o objetivo é “enviar um sinal claro de estabilização do mercado” e que “não é possível ao trabalhador recuar no poder aquisitivo de sua renda”. 

O mês de setembro foi marcado por inúmeros protestos sociais, o acordo de preços reforça o programa “Preços Cuidados”, lançado em 2014 visando estabelecer valores de referência de mais de 500 produtos básicos da cesta familiar, como instrumento de combate à inflação.

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