Decreto permite plano de privatização conjunta da Copel (CPLE6) – ESTOA

Decreto permite plano de privatização conjunta da Copel (CPLE6)

A medida foi publicada nesta segunda-feira (26)


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Nesta segunda-feira (26), o Governo Federal publicou um decreto que pode ser utilizado pela Companhia Paranaense de Energia, a Copel (CPLE6), para viabilizar seu plano de privatização, estimado para o próximo ano.

Dessa forma, a empresa pode concluir seus planos ao mesmo tempo em que mantém suas principais hidrelétricas.

Decreto publicado

A alteração foi publicada no Diário Oficial da União, portal de transparência do Governo Federal, nesta segunda-feira. O decreto, no entanto, é datado em 23 de dezembro deste ano.

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Dessa forma, o Decreto Nº 11.307 altera um anterior, o Nº 9.271 de 25 de janeiro de 2018. Ele foi assinado, na época, durante a desestatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), operação que concedeu ao novo controlador a possibilidade de renovar as concessões hidrelétricas, com o pagamento do acordo.

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O novo decreto publicado nesta segunda-feira removeu um dos dispositivos da prescrição anterior, que condicionava as renovações à existência de um contrato de concessão de serviço público de geração, vigente a partir da data da privatização, e com um prazo de concessão “superior a 60 meses do advento do termo contratual ou do ato de outorga”.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Além disso, foi alterado, diretamente, o fragmento do Decreto que trata da operação responsável pela privatização da concessão em questão.

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Assim, com a modificação, a privatização pode ocorrer pela alienação de participação societária, incluindo o “controle, abertura ou aumento de capital, com renúncia ou cessão, total ou parcial, de direitos de subscrição”, além da transferência do controle acionário, descrito na prescrição de 2018.

O contrato de concessão de geração de energia elétrica também deve ser aprovado pela Aneel, além de integrar o edital de leilão de “privatização ou o prospecto de oferta pública da pessoa jurídica”, de acordo com as alterações divulgadas no dia de hoje.

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Diante da medida publicada, que pode viabilizar os planos da paranaense, os ativos da Copel (CPLE6) se desvalorizaram nesta segunda-feira (26).

Suas ações somaram às 15:00 horas (Horário de Brasília) uma queda de 1,94%, atingindo os R$ 7,57.


Desde que seus planos foram divulgados, em novembro deste ano, seus papéis caíram em 7,13%, ainda que na base semestral a valorização seja de 7,39%. A empresa soma, desde o início de 2022, uma alta de 17,76%.

Outros passos, no entanto, já foram dados pela Copel em direção à sua privatização. Na semana passada, na última quarta-feira (21), a empresa havia divulgado que seu Conselho de Administração aprovou o estudo para viabilizar a renovação de concessões de Hidrelétricas.

Assim, como descrito no Fato Relevante divulgado pela empresa, a Copel considera renovar a concessão das Usinas Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), Governador Ney Braga (Segredo) e Governador José Richa (Salto Caxias) pelo período de 30 anos.

Ao total, as unidades integram a capacidade instalada de geração de 4.176 MW (MegaWatts), segundo a empresa, “sendo Foz do Areia 1.676 MW, Segredo 1.260 MW e Salto Caxias 1.240 MW”.

Privatização da Copel

No último dia 21 de novembro deste ano, a paranaense havia divulgado que o Governo do Paraná teria planos de privatizar a Copel no modelo “corporation”.

Copel é a Companhia Paranaense de Energia/Foto: Reprodução

Na época, o Estado do Paraná disse que teria a “intenção de transformar a Copel em companhia de capital disperso e sem acionista controlador”, confirmando que a mudança seria feita através de uma oferta pública de distribuição secundária de ações.

Com a operação, o governo paranaense buscava levantar fundos para financiar investimentos, além da valorização de suas ações remanescentes detidas na Copel.

Assim, o movimento deve garantir ao Governo do estado o valor de, aproximadamente, R$ 3 bilhões.