Acionista: Entenda o papel deste indivíduo dentro de uma empresa
Conheça as principais características do sócio de uma empresa listada na bolsa de valores
O acionista é alguém que possui ações em uma sociedade anônima, como as empresas da Bolsa de valores, tornando-se donos de uma parcela da empresa proporcional ao número de ações adquiridas.
No caso das SAs, a empresa não pertence a um único indivíduo, mas o seu capital social total é dividido em ações que podem ser negociadas livremente.
As companhias listadas na B3 normalmente têm o capital social dividido em milhões e até bilhões de ações. Logo, mesmo que o investidor adquira uma porção pequena em relação ao total, possuirá os mesmos direitos dos acionistas controladores.
No entanto, a depender da empresa, é possível adquirir dois tipos de ações: as ações ordinárias, que dão direito a voto nas assembleias, e as ações preferenciais, que costumam distribuir mais dividendos.
O acionista possui alguns direitos essenciais, como a participação nos lucros, possibilidade de fiscalização, direito de recesso e, caso ocorra a liquidação da companhia, a participação dos ativos.
Tipos de acionista
Existem diversos tipos de acionistas, dentre eles estão:
• Acionista controlador: detém todo o controle de uma empresa, sendo escolhido por meio de votos na assembleia geral. Podendo ser uma pessoa ou um grupo de pessoas. É encarregado pelo funcionamento da companhia, possuindo diversos direitos e, portanto, diversas responsabilidades.
• Acionista majoritário: em seu sentido literal, é aquele que possui, no mínimo, mais da metade das ações em circulação com direito a voto de uma empresa.
• Acionista minoritário: não possui controle da empresa, mas pode adquirir informações sobre a mesma e até mesmo votar em decisões importantes.
Entretanto, esse benefício é restrito somente aos detentores de ações ordinárias, uma vez que os preferencialistas não possuem direito a voto nessas conferências.
Deveres e direitos dos acionistas
Uma das principais responsabilidades do acionista é o acompanhamento do funcionamento e dos resultados da empresa, o que pode ser realizado por meio dos canais e divulgações do departamento de Relação com Investidores.
Este posicionamento, fará com que o investidor assuma um papel de protagonista naquele investimento.
Portanto, quem é sócio, não acompanha apenas o valor da cotação, mas o desempenho geral da empresa.
Já sobre os direitos, eles se dividem em duas categorias:
Direitos essenciais: dizem respeito à participação nos lucros, direito à fiscalização da empresa (por conselho fiscal), direito ao voto (quando aplicável), entre outros.
Direitos modificáveis: decorrentes da lei ou do estatuto da empresa que podem ser alterados ou excluídos, com exceção dos que são essenciais.
Como ser um bom acionista?
Através do contato frequente com o RI das empresas, com o tempo, o investidor vai adquirindo certa familiaridade com o processo. Podendo chegar a se tornar uma prática comum no dia-a-dia.
Por consequência, isso faz com que esse acionista fique cada vez mais informado sobre o que a companhia pretende fazer ao longo do tempo.
Esse fator, aliado com a consequente experiência de mercado que o tempo se encarrega de conceder, faz com que essa pessoa possa analisar por conta própria se ainda fará sentido ou não continuar naquele negócio.
Um outro ponto importante, é que os acionistas compareçam às assembléias e participem de perto das decisões da empresa.
No Brasil esta prática é muito pouco difundida, mas certamente, ao longo do tempo, esse comportamento pode acrescentar muita sabedoria e sensatez a um investidor de valor.
No entanto, nos Estados Unidos, onde o mercado acionário é bastante apreciado pela população em geral, as convenções das empresas costumam reunir milhares de pessoas.
Através da minimização dos riscos, deixando de acreditar em propostas irreais, muitas pessoas entenderão o benefício de serem acionistas de longo prazo de negócios saudáveis e perenes, tanto no mercado brasileiro como no internacional.