Bolsa de Valores chinesa fecha em alta após flexibilização na política Covid-zero
Neste ano a China apresentou 1,52 milhões de pessoas infectadas e 5.233 mil mortes por Covid-19
Nesta terça-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após o governo chinês declarar flexibilização das medidas adotadas para conter os casos de COVID-19, conhecidas como políticas de Covid-zero.
De acordo com alguns analistas, a decisão do governo chinês em flexibilizar a política de Covid-zero pode impulsionar o mercado do país em 2023, através dos setores privado e de consumo, mesmo que ainda haja preocupações em relação ao aumento de infecções e mortes pelo vírus.
Flexibilização da política Covid-zero e alta na bolsa asiática
O governo chinês, divulgou na segunda-feira (26), que o grau de emergência sanitária no país pode cair de A para B a partir de janeiro de 2023, sendo assim permitindo que a China receba medidas mais flexíveis contra a Covid-19. Portanto, acabando com a política de Covid-zero.
A Pantheon Macroeconomics divulgou em uma relatório que: “Acreditamos que a China manterá o rumo, apesar de quaisquer contratempos temporários, e fará progresso significativo na reabertura econômica, provavelmente no segundo trimestre de 2023”.
Já a Capital Economics aponta que: o aumento dos casos e mortes por Covid-19 no país ainda pode afetar as atividades econômicas na China: “Tudo isso sugere que as próximas semanas serão as mais perigosas para a saúde pública durante a pandemia. Por sua vez, eles carregam o maior risco de perturbações econômicas mais profundas”.
Em Xangai, o índice composto fechou com uma alta de 0,98%, a 3.095,57 pontos. Em Shenzhen, o mesmo índice apresentou uma avanço de 0,88%, o equivalente a 1.993,32 pontos. Já em Tóquio, o Nikkei teve alta de 0,16%, o total de 26.447,87 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,68%, em 2.332,79 pontos.
Por fim, no Taiwan, o Taiex fechou com ganhos de 0,30%, cerca de 14.328,43 pontos. Entretanto, as bolsas de Hong Kong e Sydney não apresentaram seus resultados, devido ao fechamento por conta do feriado de Natal.
Política de Covid-zero
A China apresentou nos últimos meses um aumento nos casos de COVID-19, com o registro de 1,52 milhões de pessoas infectadas, assim como também uma marca de 5.233 mortes. Portanto, o governo chinês adotou uma medida chamada de política de COVID-zero, no qual o acesso a várias cidades foi bloqueado.
O acesso às cidades e as restrições prejudicaram a economia do país, no qual apresenta um papel importante para o mercado ao redor do mundo. Deste modo, muitas das cidades bloqueadas contribuem para a movimentação econômica do país.
Além das localidades, muitos postos de desembarque responsáveis por transportar e receber produtos no país também foram bloqueados para ajudar no processo de controle de casos de infecções e mortes por Covid-19.
O país adotou alguns protocolos, como testes em massa realizados em, principalmente, locais onde casos foram relatados. Neles, pessoas com covid são isoladas em casa ou colocadas em quarentena em instalações governamentais, entre outros.
Manifestações e o Incêndio de Urumqi
Em novembro, houve um incêndio em Urumqi, a capital de Xinjiang, no qual cerca de 10 pessoas morreram e 9 foram feridas gravemente devido às políticas de Covid-zero, que fez com que as autoridades não permitissem à população chinesa ajudar no resgate das vítimas.
Com o incêndio, a população chinesa se reuniu em Pequim e Xangai, para se manifestar contra as políticas de Covid-zero.