Inflação do aluguel aumenta em 5,45% em Novembro, segundo dados do IGP-M – ESTOA

Inflação do aluguel aumenta em 5,45% em Novembro, segundo dados do IGP-M

Os dados divulgados hoje (29), apontam uma reversão de um padrão que vinha acontecendo desde 2020


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Nesta quinta-feira (29), a Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgou o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que neste mês de dezembro apresentou um aumento de 0,45%. Portanto fechando em 2022 com um total de 5,45%.

O coordenador dos Índices de Preços, André Braz, disse que: “A última edição do IGP-M de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”.

Inflação do aluguel

O IGP-M tem como objetivo divulgar um parâmetro para o reajuste de diversos contratos da inflação de aluguel, apresentando dados de locação e imóveis do país. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários.

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O IGP-M tem como objetivo apontar dados de famílias que moram de aluguel. Entretanto, alguns analistas do mercado imobiliário dizem que, mesmo assim, é possível negociar um aumento menor do valor do contrato de acordo com o atual cenário econômico do país. 


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Os dados divulgados hoje (29), apontam uma reversão de um padrão que vinha acontecendo desde 2020. Deste modo, o índice de 2022 subiu acima da inflação oficial do país, que é medida pelo IPCA. 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é um dos principais dados que contribui para a elevação do IGP-M de 2022, já que o INCC teve um aumento de 9,40% no ano, com 11,76% de alta na mão de obra e 7,23% de alta em materiais, equipamentos e serviços.

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Já o preço ao produtor apresentou melhoras no minério de ferro, feijão, bovinos, óleo de soja refinado e farelo e soja. 

“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão, bovinos e óleo de soja refinado. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate e cebola”, explica André Braz.

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O preço ao produtor apresentou melhoras no minério de ferro, feijão, bovinos, óleo de soja refinado e farelo de soja Créditos: Reprodução

Dados do IGP-M

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que faz parte de 60% da composição do IGP-M, obteve uma variação de 0,47% em dezembro, com uma ampla valorização de matérias-primas brutas.

Na análise por estágios, as matérias-primas brutas apresentaram um aumento de 2,09%, já na análise por origem o aumento ficou em cerca de 0,92%.

O  Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que integra 30% do IGP-M, apresentou uma variação de 0,44% neste mês. Os grupos de alimentação ficaram em 0,99%, de Comunicação em 0,48% e Habitação em 0,42%. Portanto, registraram as maiores altas no mês de novembro.

Os grupos responsáveis pelo aumento no grupo de alimentação foram arroz e feijão, com alta de 3,74%. Na área de Comunicação e Habitação, foi telefonia, internet e TV por assinatura de 0,69% e a tarifa de eletricidade residencial, com aumento de 1,27%.


No entanto, outros setores do IPC sofreram quedas em dezembro, como na Saúde e Cuidados Pessoais que foi de 1,00% para 0,37%, assim como também em Artigos de higiene e cuidado que passou de 2,03% para  -0,25%.

Outras categorias como Educação, Leitura e Recreação também apresentaram quedas de 0,60% para -0,26%, Transportes de 0,79% para 0,31%, Vestuário de 0,83% para 0,67% e Despesas Diversas de 0,14% para 0,08%, com queda na passagem aérea de 2,07% para -1,71%, gasolina de 1,58% para 0,18% e  calçados que foram de 1,35% para -0,12%. 

A taxa de Bens Intermediários teve um aumento de -0,30% no mês de dezembro, devido ao aumento no subgrupo de combustíveis para produção, que apresentou uma alta de -2,26%. 

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), no qual possui o peso de 10%, apresentou uma alta de 0,27% em dezembro, se destacando em 0,38% nos materiais, equipamentos e serviços.