Simone Tebet assume Planejamento e promete prioridade de pobres no orçamento – ESTOA

Simone Tebet assume Planejamento e promete prioridade de pobres no orçamento

Apesar de “divergências econômicas”, Tebet diz que equipe econômica será um “quarteto a favor do Brasil”


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A senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu, nesta quinta-feira (5), o Ministério do Planejamento e Orçamento.

Em discurso na cerimônia no Palácio do Planalto, a ministra destacou as divergências com os demais integrantes da equipe econômica do governo, mas prometeu um “quarteto a favor do Brasil”.

“Os pobres estarão prioritariamente no orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública”, disse em discurso.

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O Planejamento é uma das pastas absorvidas pelo Ministério da Economia durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


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Cerimônia

“O nosso papel, do Ministério do Planejamento, sem descuidar, em nenhum momento, da responsabilidade fiscal, dos gastos públicos e da qualidade deles, é colocar os brasileiros no orçamento público”, afirmou.

Uma das promessas da ministra foi “colocar o brasileiro no orçamento” e “dar visibilidade aos invisíveis”.

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Em contrapartida, antes de sua posse, em uma entrevista a jornalistas na última quarta-feira (4), Tebet declarou ser “muito difícil” contratar mulheres pretas para compor sua equipe. 

Segundo a emedebista: “Acho que a gente tem que prezar acima de tudo pela diversidade. Estou indo para uma pasta que hoje ainda é extremamente masculina. Quero não só ter mulheres, mas mulheres pretas. E a gente sabe, lamentavelmente, que mulheres pretas, normalmente, são arrimo de família. Trazer de fora de Brasília é muito difícil porque os salários são muito baixos”.

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Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se cumprimentam em cerimônia/Foto: Ministério da Fazenda/Flickr

A cerimônia desta quinta-feira foi atendida pelos três ministros das demais pastas econômicas: Fernando Haddad (Fazenda), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Esther Dweck (Gestão).

O chefe da Casa Civil, Rui Costa, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ex-presidente da República José Sarney (MDB) também estavam. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava presente. O petista, até então, compareceu apenas na solenidade de seu vice, Geraldo Alckmin.

Nova equipe econômica

O Ministério do Planejamento é uma das quatro pastas que compunham o Ministério da Economia. Após a MP (medida provisória) do governo Bolsonaro, os então Ministério da Fazenda; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e Ministério da Indústria e Comércio Exterior foram agrupados como o Ministério da Economia. 

Com o desmembramento da pasta, os novos ministérios econômicos de Lula foram divididos da seguinte maneira, com seus respectivos chefes:

  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – Geraldo Alckmin (PSB);
  • Ministério da Fazenda – Fernando Haddad (PT);
  • Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – Esther Dweck;
  • Ministério do Planejamento e Orçamento – Simone Tebet (MDB).

“Este time da Economia vai fazer a diferença e fazer com que este governo dê certo”, discursou Tebet. Ela afirmou que a equipe será “um quarteto a favor do Brasil”, embora as “divergências econômicas” com os outros membros da equipe.


Contudo, segundo a ex-candidata à Presidência, Lula não avalia como algo negativo. “Eu disse: ‘presidente, nessa pauta, eu, Haddad, Alckmin, Esther, nós temos divergências econômicas’. Lula me ignorou, como se dissesse: ‘é isso que eu quero. Sou um presidente democrata. Quero diferentes para somar, pois assim que se constrói uma sociedade democrática”, disse.

Da mesma forma, a emedebista enfatizou sua visão similar a Haddad em relação a priorizar a reforma tributária. Entre os pontos em comum, ela intenciona a “necessidade premente de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária”.

Entre as autoridades do Planejamento, a ministra é responsável por projetos no âmbito de políticas públicas designadas ao desenvolvimento nacional; supervisão de financiamentos externos em projetos públicos; e pelo desenvolvimento de novas fontes de capital e recursos para demais projetos governamentais.

“Não temos margem para desperdícios ou erros. Definidas as prioridades por cada ministério, caberá ao Ministério do Planejamento, em decisão técnica e política com as demais pastas econômicas e com o presidente Lula, o papel de enquadrá-las dentro das possibilidades orçamentárias”, declarou.

Além da elaboração de pesquisas e levantamento socioeconômicos e gestão de estudos estatísticos, como fazem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).