B3 bate marca histórica de contas alavancada por jovens – ESTOA

B3 bate marca histórica de contas alavancada por jovens

Em outubro, a Bolsa de Valores Brasileira (B3) atingiu a marca de 4 milhões de contas em renda variável


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De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (3), pelo estudo de evolução de investidores na B3, a Bolsa de Valores do Brasil alcançou marcas muito positivas tanto no setor de renda variável quanto no de renda fixa. 

O número de contas abertas por pessoas físicas em cada corretora no Brasil chegou a 4 milhões, sendo que destes, 1,1 milhão são de contas de mulheres e 2,9 milhões de homens. O valor em custódia da pessoa física é de R$490 bilhões. 

Outro dado utilizado para medir a temperatura do mercado foi o número de CPFs únicos, que chegou a 3,4 milhões. Este dado é importante, pois mostra realmente quantos investidores o Brasil tem, afinal, uma pessoa física tem a possibilidade de abrir conta e várias corretoras de valores diferentes. 

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“Com o crescimento de abertura de contas em mais de um intermediário também passamos a divulgar, há alguns meses, o número de CPFs. É um termômetro mais preciso para avaliar a real tendência do comportamento do brasileiro em um cenário de alta da taxa de juros e grande volatilidade”, explica o diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, Felipe Paiva. 

Nova Geração

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Esta evolução no interesse em investimento é alavancada pelos jovens. 

De acordo com a B3, a maior parte dos novos investidores (48%) entra no mercado de equities na faixa de 25 a 39 anos. 

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A faixa entre 19 e 24 anos está na sequência, com 24% dos novos investidores.

Fonte: B3

Além da idade reduzida, os valores iniciais de investimentos também estão menores. Desde 2019, está cada mês mais baixo o valor médio do primeiro investimento das pessoas físicas na renda variável. 

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Essa quantia, que já foi de cerca de R$1500, hoje está em torno de R$273. Este fato demonstra que o investidor não deixa de fazer aportes, mesmo que mais baixos, em renda variável.

“Podemos inferir que é uma parcela do patrimônio do investidor, ainda mais combinando com o número da carteira mediana de R$8 mil. Ou seja, a pessoa física entra com aportes baixos, mas os mantém de forma recorrente”, diz Paiva. 

Diversificação

Outro cenário que vem mudando na vida do investidor brasileiro é a forma de investir. Ao longo dos anos é possível perceber uma  mudança de cultura onde a diversificação de carteira ganha cada vez mais espaço. Em 2016, 78% das pessoas físicas detinham apenas ações em seus portfólios. Em 2021, esse número caiu para 49%.

Fonte; B3

Segundo os dados divulgados pela B3, o número de investidores em ações cresceu 26% na comparação entre set/20 e set/21. Já os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), Fundos de índices (ETFs) e Brazilian Depositary Receipt (BDRs) subiram 40%, 96% e 1.414%, respectivamente, na comparação com o mesmo período.  

Crescimento em Renda Fixa

O investimento em renda fixa também acompanha o ritmo de crescimento da renda variável. De acordo com a B3, são 9,6 milhões de pessoas físicas que investem em renda fixa.

Fonte: B3

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é o principal produto de renda fixa da pessoa física. São 6,8 milhões de PFs em CDBs e um saldo de R$473 bilhões. Em relação ao final de 2020 observa-se um aumento de 11% de pessoas físicas no produto.   

Este aumento está relacionado à diversificação de carteira e também ao perfil mais conservador de alguns investidores. 
O número de investidores no Tesouro Direto continua crescendo. De 2020 para cá observa-se um crescimento de 16% nos números de CPFs, atingindo 1,7 milhão de investidores.