Oi (OIBR4) apresenta lista de credores e dívida de R$ 30 bilhões – ESTOA

Oi (OIBR4) apresenta lista de credores e dívida de R$ 30 bilhões

Especula-se a possibilidade de a empresa entrar com outra recuperação judicial


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Após receber proteção contra credores, a companhia de serviços de telefonia Oi (OIBR4) apresentou à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro um documento declarando uma lista de 14 credores nacionais e internacionais, e uma dívida de cerca de R$ 30 bilhões.

Os movimentos ocorrem pouco tempo após a conclusão do pedido de recuperação judicial da companhia. Especula-se, portanto, que uma nova recuperação possa vir.

Dívidas apresentadas

O documento foi apresentado nesta segunda-feira (6). Nele, a Oi confirma uma dívida total de R$ 29,751 bilhões. Os dados foram atualizados até o final de 2022.

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De acordo com a lista de credores também enviada pela companhia, a Oi deve o total para 14 credores, nacionais e internacionais.

Os dados foram apresentados pouco menos de uma semana depois da justiça do RJ conceder à empresa prestadora de serviços de telefonia proteção contra o bloqueio de ativos por parte dos credores.

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Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Ao conceder a medida, o juiz Fernando Cesar Ferreira Viana afirmou que “a empresa enfrenta fatores como a instabilidade de indicadores econômicos, inesperada valorização da moeda norte-americana que corrige as obrigações assumidas, aumento inflacionário, crise mundial decorrente dos efeitos deletérios da epidemia de Covid-19 […]”, além do prazo “exíguo” para a negociação da dívida com seus credores.

A solicitação foi enviada na última quarta-feira (1), ocorrendo pouco mais de um mês após a conclusão do processo de recuperação judicial da Oi, iniciado no ano de 2016 por conta de uma dívida total de cerca de R$ 65,4 bilhões.

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Ambos os acontecimentos levantaram questões no mercado financeiro de uma possível segunda recuperação judicial da empresa. 

Lista de credores

Além de confirmar a dívida total de cerca de R$ 30 bilhões à justiça do Rio de Janeiro, o documento enviado pela Oi também contém a lista completa de credores com os quais a empresa possui dívidas.

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Dessa forma, de acordo com a lista, o maior credor da companhia de telefonia é o Bank of New York Mellon, uma instituição financeira internacional que possui um saldo de US$ 1,73 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões).

O banco é responsável por administrar títulos de dívida da empresa comprados por investidores.

O maior credor nacional, por sua vez, é o Itaú BBA, braço de investimentos do Itaú Unibanco (ITUB4) com foco em instituições, com o total de R$ 2 bilhões. 

Confira a lista completa de credores apresentada:

  • BNY Mellon – R$ 9 bilhões (US$ 1,73 bilhão)
  • GDC Partners – R$ 8,26 bilhões
  • Wilmington – R$ 5,36 bilhões (US$ 1,03 bilhão)
  • China Development Bank – R$ 3,82 bilhões (US$ 731,97 milhões)
  • Itaú BBA – R$ 2 bilhões
  • Fundação Atlântico de Seguridade Social – R$ 948,12 milhões
  • Banco do Nordeste do Brasil – R$ 156,4 milhões
  • Banco da Amazônia – R$ 100 milhões
  • Bradesco – R$ 34,4 milhões
  • ABC Brasil – R$ 2,5 milhões
  • Santander – R$ 2,2 milhões
  • BNP Paribas – R$ 675 mil
  • Fibra – R$ 29 mil
  • Modal – R$ 25 mil

No documento, a empresa diz que “Infelizmente, diversos fatores imprevisíveis, não controláveis, e a sua situação econômico-financeira atual tornaram imprescindível recorrer à proteção judicial para implementar nova etapa de sua reestruturação e garantir a preservação da empresa, enquanto grande geradora de empregos e renda”.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

“A medida também busca resguardar as possibilidades de recursos processuais formais de recuperação aos quais possa recorrer no prazo legal, bem como garantir a otimização de sua liquidez e do perfil de endividamento”, conclui a nota.


Diante do processo, as ações da Oi (OIBR4) se valorizaram durante o pregão desta terça-feira (7). Seus ativos somaram por volta das 14:55 horas (horário de Brasília) uma alta de 3,97%, atingindo os R$ 3,14.

Desde o fim do processo de recuperação judicial da companhia, seus ativos somam uma queda de 31,52%.