CFD: conheça o contrato por diferença
Descubra como funciona esse tipo de negociação
Os contratos CFD são negociações entre dois investidores sobre a liquidação financeira de um papel, e não sobre a liquidação física.
O contrato por diferença (Contract for Difference – CFD em inglês) é um contrato derivativo em que uma parte compradora e a outra vendedora firmam um compromisso baseado na diferença de preço do ativo em questão do momento em que o contrato é aberto com o valor de seu fechamento.
Desta forma, se trata de uma operação de ativos em que não há uma compra ou venda de fato.
O que é um contrato por diferença?
O Contract for Difference, ou Contrato por Diferença, é um contrato de derivativos financeiros cujo lucro vem da diferença entre dois valores do ativo em negociação: o preço de entrada e saída (ou seja, a cotação de abertura do contrato e a cotação de fechamento).
Portanto, refere-se a um contrato em que o lucro consiste na liquidação financeira de um título, ao invés da liquidação física.
Enquanto a liquidação física é o momento de entrega física dos ativos, a liquidação financeira é o processo de transferência dos valores financeiros, o pagamento e recebimento da operação.
Como o contrato funciona
O papel em si é composto por duas partes, o agente comprador (long) e o agente vendedor (short).
Por esta lógica, o lado comprador do ativo consegue lucrar quando o preço do título estiver em alta, uma vez que é ele que está “apostando” na compra e, logo, na grande diferença entre o preço inicial e o preço final.
De modo análogo, caso o ativo demonstre uma queda e fique abaixo do preço inicial, quem lucra é o vendedor que irá receber o pagamento da diferença.
Como derivativo, o CFD pode ser utilizado em negociação de ações, índices da bolsa, commodities, câmbio e muitos outros ativos dos mercado futuro e a termo. Do mesmo modo que o contrato não concerne na negociação do ativo em si, mas sim na especulação da variação de preço.
Por consequência, um fator característico desta modalidade de contrato é seu critério de alavancagem, visto que é necessário conceder um valor de crédito, não obrigatoriamente do próprio investidor, em função de fechar um contrato por diferença e assim obter mais capital.
Tipos de CFDs
Os contratos por diferença podem se apresentar de duas maneiras: os contratos contínuos e os contratos com prazo de vencimento.
O primeiro diz a respeito de CFDs de ações, índices da bolsa de valores, Exchange Traded Fund (ETF) ou Exchange Traded Commodities (ETC). Já os contratos com um prazo de validade são utilizados quando o ativo em referência são commodities, ativos de renda fixa (os chamados bonds) ou Forex – esse último, também conhecido como Foreign Exchange ou FX Market, é o mercado exclusivo de negociação de moedas e transações de câmbio.
Vantagens e desvantagens
Ao geral, os contratos por diferença são um tipo de operação que manifesta uma série de vantagens, entre alavancagem, a acessibilidade ao mercados internacionais e a extensa variedade de opções disponíveis. Sem mencionar a falta de taxas extras, comissões, limites de operações ou capital mínimo para o day trading.
Entretanto, como qualquer investimento, a operação também é acompanhada de um conjunto de desvantagens. Embora o CFD não indique taxas extras ou comissões, as corretoras sim cobram spread.
Deste modo, além dos riscos significativos, os investidores também precisam realizar os pagamentos do spread às corretoras, pelo trabalho de intermediação.
O spread é calculado pela diferença dos preços de compra e venda de um ativo, cobrado a cada movimentação de entrada e saída. Isto é, um valor adicional cobrado mesmo nas pequenas alocações, reduzindo assim o lucro de uma operação, ou pior, contribuindo para o prejuízo de um contrato sem sucesso.
Os CFDs devem ser operados diante de estratégias e planos, cabe ao investidor avaliar se as vantagens desse contrato pesam mais que os riscos das desvantagens.