Leilão de ações: como funciona essa operação – ESTOA

Leilão de ações: como funciona essa operação

O que é colocar ações em leilão na bolsa de valores


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Leilão de ações é a operação de venda adotada para negociar ações de uma empresa, ao interromper o pregão na bolsa de valores. A ferramenta é implementada quando a organização disponibiliza um número significativo de ativos na bolsa em função de emitir novas, ou quando seus acionistas começam a vender suas ações.

O mecanismo trata de uma prática além dos leilões diários de abertura e fechamento de ações do mercado à vista.

O que é o leilão de ações?

Todos os dias, ações de empresas são vendidas e compradas no chamado de pregão, na bolsa de valores. A partir de suas variações de preço, as negociações dos ativos de companhias listadas na bolsa também oscilam.

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O leilão é um mecanismo utilizado em cenários de altas variações de oferta e demanda, em função de conter e reduzir as oscilações e, desta forma, moderar alterações irregulares nos preços.

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Entre as razões de uma empresa colocar suas ações em leilão, com níveis distorcidos de oferta e demanda, o preço dos ativos sofre, normalmente, consequências condizentes. O que pode ser ajustado com o método provido do sistema de leilão: quem oferecer mais, leva a ação.

Portanto, com a interrupção do pregão habitual, as negociações feitas em sistema fechado beneficiam a estabilidade do preço de um ativo.

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Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Na bolsa de valores do Brasil, a B3, há mais dois tipos de leilão. O de pré-abertura, que acontece 15 minutos antes da abertura do pregão, e o de pré-fechamento, cinco minutos antes do fechamento. 

Como funciona o leilão

A princípio, o leilão dura por volta de cinco minutos, com possibilidade de uma prorrogação de mais cinco minutos. Ele pode acontecer diversas vezes durante uma sessão.

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Ele, no entanto, também se apresenta de dois modos. O leilão primário e o secundário.

O leilão primário é instaurado quando a companhia deseja se tornar pública e obter capital, assim ela emite novos ativos e os coloca à venda na bolsa pela primeira vez.

Já o secundário é referente ao processo de negociação fechado dos acionistas para outros investidores. Este mecanismo é utilizado em empresas de capital aberto diante de perspectivas de instabilidade e variações intensas de preço. 

Por que uma ação é colocada em leilão

Entre as diversas razões de uma ação ser colocada em leilão, os motivos a mais ganhar destaque são a oscilação acima da média de preços e o aumento de ações a serem negociadas em um período curto de tempo.


Um leilão de ações é implementada, principalmente em vista dos seguintes desempenhos dos ativos:

  • Variação de alta ou queda de, pelo menos, 10% do preço de uma ação, em comparação ao preço do papel na abertura do dia ou no fechamento do dia anterior;
  • Oscilação de 10% a 20% do preço de um papel, em comparação ao último preço da ação antes do início do leilão.

Deste modo, tanto uma valorização quanto uma desvalorização de uma ação manifestam uma atuação fora do comum e, logo, devem ser considerados indícios de que um leilão não é somente provável, mas será aconselhado a acontecer. 

Junto à variação de preços, um volume considerável de ações colocadas no mercado durante um período curto de tempo também apontam uma disponibilidade acima da média.

Além de um dos motivos mais prevalentes na atualidade: a revelação de fatos relativos ao pagamento dos acionistas da empresa que, por consequência, acarreta nos comportamentos do mercado mencionados acima. 

No caso do escândalo contábil da Americanas, as inconsistências contábeis estimadas de R$ 20 bilhões, divulgadas em 11 de janeiro de 2023, provocaram a ativação do mecanismo a fim de reduzir a instabilidade e fortalecer o preço das ações da varejista. O leilão, contudo, foi aplicado devido uma somatória de justificativas, depois de mais de uma semana do caso ter se tornado público.