Índice DI: conheça a referência de renda fixa – ESTOA

Índice DI: conheça a referência de renda fixa

O Depósito Interbancário influencia em diversos tipos de investimentos


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Dentre os diversos medidores disponíveis no mercado financeiro para direcionar o rendimento dos investimentos, o Índice DI (Depósito Interbancário) é um dos destaques, responsável por guiar a rentabilidade de aplicações de renda fixa.

Ele representa os juros que as instituições bancárias pagam quando realizam empréstimos entre si. Além disso, o Índice DI também é baseado em outro medidor disponível no mercado financeiro.

O que é o Índice DI?

Esta é a sigla para Índice de Depósito Interbancário. Ela representa, desta maneira, a movimentação de crédito feita entre instituições bancárias.

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Isso porque as variações do medidor utilizam como base a movimentação da taxa DI. Assim, o índice de referência é utilizado na maior parte dos contratos de opções relacionados à DI.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Em investimentos, normalmente, ela também é utilizada para determinar a taxa de juros paga por instituições privadas aos investidores que realizaram aportes.

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Os contratos de opções de DI, que utilizam de forma direta o medidor, começaram a ser disponibilizados desde o início do ano de 2019. O índice, por sua vez, começou a ser divulgado em 1986.

Desta maneira, sua publicação é realizada diariamente pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP).

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O que é Taxa DI?

Apesar de parecer contraditório, a taxa nasce através do pagamento de juros por parte de bancos ao contratarem empréstimos de outras instituições.


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Isso ocorre pois o Bacen, o Banco Central do Brasil, estipulou uma regra que obriga os bancos brasileiros a chegarem ao fim do dia com saldo positivo. Isso, no entanto, nem sempre é possível.

A lei foi determinada para evitar que o sistema financeiro brasileiro entre em colapso pelas dívidas das instituições financeiras. Por isso, seu objetivo é evitar que os bancos terminem o dia com caixa negativo.

Assim, quando elas fecham o dia de negociações com saldo negativo, é preciso recorrer a outro banco — com saldo positivo — para reverter a situação e chegar ao fim do dia no azul.

O processo é conhecido como negociação interbancária, é realizado através do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), outro índice de referência utilizado em algumas das aplicações de renda fixa.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Além de durar, na grande maioria das vezes, um dia, os índices são responsáveis por parte das movimentações da economia brasileira.

Como o Índice DI funciona?

Atualmente, a definição do índice depende totalmente da observação de dois critérios. Esse modelo foi adotado no dia 1 de outubro de 2018. Dessa maneira, a definição do medidor será feita mediante:

  1. Número de operações – Caso a quantidade de negociações elegíveis para a Taxa DI seja igual ou maior do que 100 operações;
  2. Volume de operações – Caso a soma do volume de operações totais elegíveis para a Taxa DI for igual ou maior do que R$ 30 bilhões.

A partir disso, o índice DI é calculado. Caso, no entanto, algum dos itens acima não seja observado no dia em que a Taxa DI será calculada, ela será, portanto, igual à Selic Over daquela data.


No entanto, caso ambos os eventos sejam observados, uma fórmula é utilizada para determinar o índice DI.

Qual é a fórmula do Índice DI?

Dessa maneira, caso os dois eventos ocorram, a seguinte equação é utilizada:

DIᵢ = [(VRᵢ/VEᵢ)²⁵²– 1] x 100

Assim, DIᵢ representa a taxa DI da negociação número i, com o arredondamento de duas casas decimais; VRᵢ, por sua vez, indica o valor de resgate da negociação número i, com duas casas decimais; e VRᵢ o valor de emissão da negociação número i, também com duas casas decimais.