Declarações de Campos Neto, inflação nos EUA, provisões de bancos contra Americanas e o que mais importa hoje – ESTOA

Declarações de Campos Neto, inflação nos EUA, provisões de bancos contra Americanas e o que mais importa hoje


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Nesta manhã de terça-feira (14) o mercado irá repercutir as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista ao Roda Viva na noite de ontem. Um dos temas abordados pelo mandatário foi a manutenção da taxa de juros em 13,75%, que vem sendo motivo de atritos entre ele e o presidente Lula. 

Segundo Campos Neto, manter a Selic neste patamar é fruto de uma série de riscos fiscais que o país vem passando em decorrência de uma trajetória de gastos difíceis de serem interrompidos e também de problemas mais duradouros como a dívida pública.


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Outro assunto destacado pelo presidente do BC foi a autonomia da instituição, mecanismo que ele defende mas tem gerado críticas de Lula nas últimas semanas. “Existem vários estudos que mostram que a autonomia gera menor volatilidade e inflação”, afirmou Campos Neto.

2. Lula e Haddad irão discutir meta de inflação

Depois da divulgação do IPCA de janeiro na última quinta-feira (9) que estabeleceu a inflação em 5,77% no acumulado de 12 meses e com a previsão de terminar o ano em 5,79%, o IPCA continua bem acima da meta de inflação. Essa semana, no entanto, pode ser decisiva e culminar em mudanças no teto.

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Nesta manhã, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirão para discutir uma eventual mudança na meta de inflação para um intervalo maior do que o atual de 3,25%. Caso haja um consenso sobre o tema, na próxima quinta o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve discutir e definir sobre a mudança. O presidente do BC, Campos Neto, já se mostrou contra a ideia e acredita que a alteração pode gerar um efeito contrário do desejado.

3. Provisões de bancos para dívida da Americanas

Depois da divulgação do balanço do Banco do Brasil nesta segunda-feira, já é possível saber quanto as dívidas da Americanas impactaram nos números dos grandes bancos brasileiros. Ao todo, Bradesco, Itaú, Santander e o BB provisionaram cerca de R$ 9 bilhões como forma de se proteger de um possível calote da varejista.

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Os números, no entanto, não representam a totalidade da dívida da companhia com os quatro principais bancos do país, visto que BB e Santander só separaram uma parcela da dívida, enquanto Itaú e Bradesco cobriram 100% dos recursos disponibilizados à Americanas.

4. Inflação deve desacelerar nos EUA

Na manhã desta terça, as atenções no exterior irão se voltar para a divulgação do Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Em meio à quedas na inflação desde que atingiu níveis recordes no ano passado, a expectativa é de que o CPI desacelere de 6,4% a 6,2% no acumulado de 12 meses.

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Os investidores esperam pelas definições também para poder saber quais serão os próximos passos do Federal Reserve com relação à taxa de juros do país, que teve o ciclo de alta desacelerado na última reunião, mas que ainda convive com a incerteza com relação a novos cortes depois de longos encontros do FOMC. 

5. Ibovespa inicia semana em alta de olho em meta de inflação 

Nesta segunda-feira, o principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa encerrou o primeiro pregão da semana pré-carnaval com uma ligeira alta de 0,70%, a 108.836 pontos, refletindo principalmente o resultado do BTG Pactual para o 4T22. 

Os olhares do mercado agora se voltam para a definição da inflação dos Estados Unidos e de uma possível mudança no teto da inflação brasileira. Além disso, o Ibovespa deve refletir ainda as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dadas no programa Roda Viva.