Novo capítulo entre Lula e BC, lucro da Vale, expectativa para o Carnaval e o que mais movimenta o Brasil e o mundo
Nesta sexta-feira (17) de pré-carnaval os desfiles ficarão em segundo plano para o mercado e um dos principais assuntos que movimentará o dia é o novo capítulo das rusgas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Banco Central. Nas últimas semanas, o tom das desavenças entre ele e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, se elevaram, principalmente com relação à taxa de juros.
Porém, outro ponto de atrito entre os dois tem sido a autonomia do BC, que passou a valer em 2021 depois que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro aprovou a medida. Em entrevista à CNN, Lula afirmou que se a autonomia do banco gerar impactos positivos na economia ela poderá ser mantida, mas caso o contrário isso terá que ser mudado.
2. Vale fecha 2022 com lucro de R$ 95,9 bi
Nesta quinta, a Vale (VALE3) divulgou após o encerramento do pregão o seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2022. A mineradora encerrou os três últimos meses do ano com um lucro de R$ 29,9 bilhões, queda de 34% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
No balanço anual, a mineradora fechou o ano com um lucro de R$ 95,9 bilhões, chegando ao terceiro maior valor acumulado da história de uma empresa brasileira em 12 meses. Ainda assim, o desempenho foi 21% inferior ao registrado no ano anterior. Um dos principais motivos para a queda foi a produção de minério de ferro, que caiu 2% no ano passado, fechando o ano em 307,8 milhões de toneladas.
3. Carnaval deve movimentar mais de R$ 8 bilhões em 2023
Depois de dois anos de incerteza em meio às restrições por causa da Covid-19, a economia brasileira deve ser aquecida novamente durante a folia de Carnaval por todo o país. A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que seja movimentado cerca de R$ 8,1 bilhões no feriado em todo o Brasil, um aumento de 26,9% em relação a 2022.
Ainda que segundo as estimativas da CNC o desempenho deve ficar 3,3% abaixo do registrado em 2020, quando foram gerados R$ 8,47 bilhões, as expectativas são altas principalmente para o setor de turismo. Além disso, cerca de 84% da receita projetada deverá vir dos bares e restaurantes, de acordo com a CNC
4. Americanas sai de reunião sem acordo com credores
A Americanas se reuniu novamente com os seus bancos credores na manhã desta quinta em São Paulo, mas novamente o encontro terminou sem acordo entre as partes. A reunião com as instituições foi intermediada por Roberto Thompson Motta, representante e sócio do trio de acionistas de referência da varejista Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Os fundadores 3G Capital se disponibilizaram para fazer um aporte de cerca de R$ 7 bilhões para abater as dívidas com os credores, mas a oferta foi recusada pelos credores, sob a justificativa de que o valor é insuficiente para cobrir os débitos da companhia. O desejo dos bancos é de que o trio faça um aporte de R$ 15 bilhões.
5. Exterior fica atento a discursos de dirigentes do Fed
No mercado norte-americano as preocupações com relação aos próximos passos do Federal Reserve (banco central dos EUA) continuam, à medida que novas declarações têm sido dadas nas últimas semanas. Nesta quinta, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, voltou a especular sobre a possibilidade de um novo aumento de 0,50 ponto percentual na taxa de juros.
Agora a atenção se volta para novas falas que deverão movimentar o mercado nesta tarde. O mercado espera descobrir pistas sobre a próxima decisão do Fed durante os discursos do presidente do BC de Richmond, Tom Barkin e de Michelle Bowman, membro do conselho do Fed, que falarão a partir das 10h30.
6. Segunda prévia do IGP-M de fevereiro
Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) divulgou a segunda prévia com relação ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro. O índice desacelerou para 0,04% no período, depois de registrar 0,35% na mesma leitura do mês passado.
Os outros três índices que compõem o IGP-M apresentaram comportamentos diferentes. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% no indicador, registrou deflação de 0,08%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,40%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,23% na segunda prévia do mês.