Novo arcabouço fiscal, PIB da China, balanços e o que mais movimenta este início de semana

Nesta semana, o cenário político e econômico será bastante movimentado com uma série de divulgações no Brasil e no mundo. Por aqui, a segunda-feira (6) já inicia com uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 10h30, para discutir os pontos finais com relação ao novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos.

O objetivo do governo federal é anunciar o novo mecanismo antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que acontece no próximo dia 22. De acordo com o ministro, a nova âncora fiscal tende a ajudar a política monetária do país, o que aumentaria as chances de um corte na Selic no segundo semestre. 

2. China reduz meta de crescimento do PIB 

Neste final de semana foi iniciada na China a reunião anual do parlamento do país, o Congresso Nacional do Povo, que acontecerá até o próximo dia 13. Durante a abertura da sessão, o governo chinês anunciou também uma atualização a respeito do crescimento econômico do país em 2023. 

O relatório lido pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, definiu como meta para o país asiático, um Produto Interno Bruto (PIB) de 5% este ano. A meta é a mais baixa em mais de 30 anos, mas representaria um crescimento em relação ao ano passado, quando o PIB chinês fechou o ano em 3% impactado ainda pela política de covid zero implementada no país.

3. Agenda econômica da semana

Além da possível divulgação do novo arcabouço fiscal brasileiro, a semana será recheada de novos índices econômicos mundo afora. No Brasil, os investidores estarão de olho principalmente na publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro na sexta (10). Mas antes disso, números do mercado de trabalho, medidos pelo Índice de Evolução de Emprego do Caged, devem ser revelados na quinta (9).

Já no exterior, a expectativa gira em torno de novos discursos de membros do Federal Reserve. Nesta terça, o presidente do Fed, Jerome Powell possivelmente dará as suas últimas declarações antes de anunciar a próxima decisão do FOMC, sobre os juros, no dia 22. A semana ainda contará com a divulgação do payroll, responsável por medir a criação de empregos nos Estados Unidos.

4. Depois de 11 semanas, Focus freia alta da inflação

Nesta manhã, o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus, relatório que traz semanalmente novos números com relação à situação econômica do país e os seus principais indicadores. O documento apontou pela primeira vez em 11 semanas, para uma estagnação nas projeções de inflação medida pelo IPCA em 2023, mantendo o índice em 5,90%. Para 2024, as projeções de 4,02% também foram mantidas.

Por outro lado, o relatório elevou as expectativas de crescimento do PIB em 2023, que subiram de 0,84% para 0,85%. Já com relação às estimativas para a taxa básica de juros, Selic, o Banco Central seguiu o mesmo caminho do IPCA, e manteve a Selic em 12,75% ao ano em 2023, assim como em 2024, que ficou em 10%.

5. Balanço de aéreas e Magalu

A semana no mundo corporativo também será agitada com uma série de balanços que serão divulgados por empresas listadas na bolsa de valores, cerca de 40 empresas irão apresentar os dados finais para 2022 e para o quarto trimestre. Os destaques ficam por conta das companhias aéreas e empresas de varejo.

A Azul (AZUL4) será a primeira aérea da semana a divulgar os seus resultados nesta segunda-feira, a empresa será seguida pela Gol (GOLL4), que apresenta amanhã os seus números, e pela Embraer (EMBR3), na sexta-feira. Já entre as varejistas, as expectativas ficam em torno da Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), que publicarão os seus balanços na quinta, após o encerramento do pregão.