Prates afirma que Petrobras (PETR4) manterá suas atividades na Bahia – ESTOA

Prates afirma que Petrobras (PETR4) manterá suas atividades na Bahia

O executivo disse, ainda, que firmou o compromisso de fortalecer e defender a petroleira no estado


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O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, afirmou no último domingo (12) através do Twitter, que a estatal manterá suas atividades no estado da Bahia. A publicação foi realizada após ele se reunir com entidades de empregados e aposentados da companhia em Salvador e receber as demandas dos funcionários do polo da Bahia.

Prates disse ainda que firmou o compromisso de fortalecer e defender a petroleira no estado, onde o Brasil teve suas primeiras explorações com o nascimento da indústria petrolífera, em 1941, a partir do poço de Candeias.

A Petrobras passa por um processo de redução nas operações em águas rasas e terrestres para focar em atividades em águas profundas.

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Suspensão da venda de ativos

Em março, a estatal suspendeu os processos de venda de ativos em andamento a pedido do Ministério de Minas e Energia. O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é contra os desinvestimentos da Petrobras.

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Em sua postagem, Prates também comentou sobre a suspensão da venda de ativos da estatal, por 90 dias, solicitada pelo governo em razão da reavaliação da Política Energética Nacional, que encontra-se em curso atualmente.

“Já anunciamos a revisão e suspensão das transferências compulsórias e vamos seguir em diálogo direto com todos e todas para construir uma Petrobras forte para o futuro do povo brasileiro”, acrescentou Prates.

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A transferência ocorre por conta do encerramento das atividades da Petrobras na Bahia, processo que teve início em 2019.

A Petrobras vinha executando nos últimos anos um plano de desinvestimentos acordado por gestões anteriores com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que incluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, para a Acelem, empresa que possuiu participação do Mubadala Capital.  

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Em dezembro do ano passado, a estatal chegou a anunciar o início da fase vinculante para a venda de sua participação na Metanor, empresa administrada em conjunto com a Dexxos e sediada em Camaçari (BA), atuante no segmento de comercialização de metanol e produção de seus derivados. 

Assim como todos os outros negócios em curso, essa venda também será suspensa para reavaliação.

O presidente da Petrobras também argumentou sobre a suspensão da venda de ativos da estatal. /Foto: Reprodução

Polo Bahia

A visita de Jean Paul também serviu para que as entidades que representam a categoria cobrassem celeridade na reabertura dos campos da Petrobras na Bahia. 

No dia 15 de dezembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicou “críticas falhas” no sistema de segurança das unidades e determinou a paralisação da produção, atingindo 38 instalações de produção de gás e petróleo. 

Nova política de preços 

A política de preços da Petrobras deve mudar a partir de maio, quando os novos conselheiros da estatal tomarem posse, afirmou o presidente da empresa no último dia 02. 

Prates deixou claro que não haverá intervenção do governo nos preços, mas que a política de paridade de importação (PPI) está com seus dias contados. Segundo ele, “se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado”.


De acordo com ele, a estatal tem sua própria política comercial e o importante é buscar melhores clientes, nas melhores condições para conquistar uma maior fatia do mercado de combustíveis. 

A Petrobras vai praticar preços competitivos para o mercado dela, conforme achar que tem de ser para garantir sua fatia de mercado, onde estiver presente. Se for o PPI, que seja, mas em alguns casos talvez não seja. 

O PPI só garante ao concorrente uma posição mais confortável. A minha função é ser competitivo”, disse. Enquanto o PPI for uma regra para a empresa, essa política será cumprida, afirmou o executivo.

A diferença em relação ao governo anterior, é que a nova Petrobras no comando de Prates deve ser mais agressiva em relação à concorrência dos importadores.