Lei de Okun: entenda a relação entre o PIB e a taxa de emprego – ESTOA

Lei de Okun: entenda a relação entre o PIB e a taxa de emprego

O preceito que busca explicar o crescimento econômico


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Fazendo parte do conjunto de ideias que compõem a macroeconomia, a Lei de Okun é uma teoria que busca relacionar a expansão econômica com o crescimento do emprego

A ideia é representada por uma fórmula que busca descrever a interdependência das duas variáveis que movem a economia.

Como a Lei de Okun foi criada?

A teoria conhecida como Lei de Okun foi desenvolvida pelo economista norte-americano Arthur M. Okun (1928-1980). Formado na Universidade de Columbia, ele também passou a presidir o Council of Economic Advisers (CEA).

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Arthur M. Okun, criador da Lei de Okun/Foto: brookings

Para criar a teoria, Okun baseou-se na análise de dados da economia dos Estados Unidos no período entre a Segunda Guerra Mundial e o ano de 1960. Ele se atentou aos resultados obtidos pelos seus estudos, mesmo sem utilizar um pensamento econômico totalmente consolidado.

Apesar disso, a Lei tem obtido sucesso nas situações analisadas. O economista, dessa forma, passou a defender políticas para a diminuição do desemprego, a fim de evitar a diminuição dos rendimentos.

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Enquanto Okun se dedicava ao desenvolvimento da Lei, ele também estudava maneiras de diminuir a inflação sem gerar o aumento do desemprego e, consequentemente, a redução do crescimento econômico.

O que é a Lei de Okun?

A finalidade da teoria desenvolvida pelo economista norte-americano é relacionar a redução do desemprego com o aumento da expansão da economia.

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Dessa forma, segundo o preceito, é correto afirmar que o crescimento econômico aumenta com a elevação na taxa de empregabilidade de um país. Caso o segundo componente caia, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) também é reduzido.

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Na prática, existem algumas regras para que a teoria seja assertiva. A primeira é que sua utilização funciona, apenas, na economia dos Estados Unidos. Além disso, para permitir o uso da fórmula, a taxa de desemprego deve estar entre 3% e 7,5%.

A proporção exata descrita pela teoria é de que, dentro das circunstâncias citadas, há um crescimento de 3% do PIB para cada queda de 1% na taxa de desemprego.

Imagem ilustrativa/Foto: Gov.br

Caso a quantidade de pessoas desempregadas aumente em 1%, por sua vez, será registrado um recuo de 2% no Produto Interno Bruto.

Apesar de ser desenvolvida para ser aplicada na economia norte-americana, há registros da utilização da Lei de Okun em economias de outros países.

 O resultado da aplicação, no entanto, mostra uma indicativa ao invés de um resultado preciso

Outra variável capaz de alterar a assertividade do resultado é o período de tempo analisado. Isso quer dizer que análises a longo prazo são muito mais efetivas do que aplicações a curto prazo.


Atualmente, a lei é utilizada por economistas e representantes de economias de diversos países ao redor do mundo para nortear, entre diversas medidas, as ações governamentais relacionadas à saúde econômica de uma nação.

Qual a fórmula da Lei de Okun?

Para aplicar a Lei de Okun no contexto de uma economia em específico, uma série de fórmulas matemáticas podem ser utilizadas.

Apesar disso, uma das expressões mais simples é a mais utilizada. Ela é:

Ut – Ut – 1 = α + β (gyt – gy)

Na fórmula destacada, Ut representa a taxa de desemprego durante o período t; Ut – 1 indica a taxa de desemprego anterior ao período t; gyt refere-se à taxa de variação do PIB real; gy simboliza a taxa normal de crescimento; e α corresponde à variação do desemprego não influenciada pelo desvio do PIB.

Apesar disso, no caso do Brasil, os dados não precisam ser calculados. Isso pois a maioria das informações são disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou pelo Banco Central (BC) do Brasil.