ONU indica aumento em custos de transporte de cargas
Projeção é de 10% para 2022 nos preços para entregar cargas no mundo todo
A ONU (Organização das Nações Unidas) esteve estudando os mercados de transporte de cargas nos últimos meses e, nesta quinta-feira (18), emitiu o resultado sobre suas pesquisas. O foco da organização, era as formas de trabalho que as pessoas viviam nos portos pelo mundo, mas o que foi descoberto, será de grande serventia para a economia global.
O aumento nos custos de transporte aumentará os preços de alguns produtos de consumo em 10%, a taxa para um único contêiner de transporte disparou nos últimos 18 meses, à medida que a pandemia do coronavírus interrompeu as cadeias de abastecimento e os canais de comércio.
Esse aumento nas taxas de contêineres pode enviar os preços ao consumidor 1,5% mais altos no próximo ano, de acordo com um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O impacto sobre os preços ao consumidor variará por país e produto, disse o relatório.
O aumento global nas taxas de envio de contêineres pode elevar os preços ao consumidor 1,5% no próximo ano, em todo o mundo, de acordo com um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A taxa para um único contêiner de transporte disparou nos últimos 18 meses, à medida que a pandemia do coronavírus interrompeu as cadeias de abastecimento e os canais de comércio. As rotas viram os custos aumentar sete vezes, se não mais.
“A análise da UNCTAD mostra que o atual aumento nas taxas de frete de contêineres, se sustentado, poderia aumentar os níveis de preços de importação globais em 11% e os níveis de preços ao consumidor em 1,5% entre agora e 2023”. Segundo o relatório da ONU na quinta-feira (18).
Por país, os EUA viram os preços ao consumidor subirem 1,2%, enquanto a China veria um aumento de 1,4%, Reino Unido com 1%, disse o relatório. A análise constatou que os países menores, mais dependentes de importações, veriam os preços ao consumidor aumentar 7,5%. Para o Brasil ainda não foi calculado, mas estima-se uma alta de 1,7%.
Por produtos, os eletrônicos, móveis e roupas teriam os maiores aumentos de preços, pelo menos 10% globalmente, devido à distribuição da cadeia de suprimentos, disse a UNCTAD, observando que os contêineres representam 17% do volume total do comércio marítimo.
Algumas empresas optaram por enviar produtos menores por via aérea como resultado dos custos crescentes de transporte de carga, embora o frete aéreo tenda a ser mais caro. O aumento no custo do transporte de contêineres também reduziria o crescimento nas principais economias, disse a análise. A produção industrial, um dos principais impulsionadores do crescimento, deve cair mais de 1% nos EUA e na área do euro, e cair 0,2% na China, se as taxas de frete de contêiner subirem 10% e as cadeias de abastecimento continuarem interrompidas, disse o relatório.
No final de outubro, mais de 600 navios porta-contêineres estavam parados fora dos portos em todo o mundo, o dobro do nível no início do ano. O porto de Santos, em São Paulo, é o que mais movimenta cargas em todo o Brasil. Todos os produtos internacionais estão chegando na baixada santista e sendo enviados por via terrestre, o setor marítimo movimentou o PIB brasileiro nos últimos meses.