Braskem (BRKM5) apresenta prejuízo líquido de R$ 1,71 bi no 4T22; ações despencam – ESTOA

Braskem (BRKM5) apresenta prejuízo líquido de R$ 1,71 bi no 4T22; ações despencam

A companhia reverteu o lucro e indicou perdas na comparação anual


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Após o fim do pregão da última quarta-feira (22), a Braskem (BRKM5) divulgou seu balanço trimestral contendo os dados operacionais referentes ao quarto trimestre de 2022. Durante o período, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,71 bilhões.

A quantia mostra uma reversão de lucro em relação ao mesmo período de 2021, quando a empresa apresentou um resultado positivo de R$ 530 milhões.

Balanço trimestral da Braskem

O prejuízo líquido ajustado foi maior do que o registrado pela empresa no terceiro trimestre de 2022. Em relação ao mesmo período de 2021, a Braskem reverteu o lucro de R$ 530 milhões.

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No acumulado do ano, o montante também recuou. Ao fim do ano passado, a companhia somou um prejuízo de R$ 336 milhões, também indicando uma reversão do lucro de R$ 13,9 bilhões somados ao fim de 2021.

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Sobre os resultados mais fracos registrados durante o intervalo, a empresa afirma que “vários fatores contribuíram para a menor demanda no período, incluindo as medidas da política “Covid-zero” impactando o crescimento da China; e as incertezas do cenário nos Estados Unidos e na Europa”.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Atribuindo os fatores à redução do “spread” (a diferença entre o preço de compra e o de venda de um bem em específico) dos produtos petroquímicos no mercado internacional, a Braskem cita, também, o “aumento da oferta de produtos com a entrada de novas capacidades de PE e PP em operação nos EUA e na china”.

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Além disso, a Receita Líquida de Vendas da empresa também se reduziu durante o período, indo de R$ 25,3 bilhões no terceiro trimestre de 2022, para R$ 18,9 milhões no 4T22, uma redução de 25%.

Na comparação anual, o período também se mostrou mais fraco, com um recuo de 48,56% ante os R$ 28,2 bilhões indicados no último trimestre de 2021. No acumulado do ano, os R$ 96,5 bilhões atingidos até o fim de 2022 mostram uma queda de 9% se comparados ao montante somado no fim do ano anterior.

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O EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da empresa registrou uma quantia negativa em R$ 168 milhões durante o último trimestre do ano passado. 


O montante mostra uma redução expressiva em comparação ao 1,9 bilhão registrado no terceiro trimestre de 2022. Na comparação anual, a queda é ainda maior ante os R$ 6,3 bilhões do quarto trimestre de 2021.

Apesar disso, somando todos os trimestres do ano passado, a quantia chega aos R$ 10,5 bilhões, um recuo de 65% sobre os R$ 30,3 bilhões acumulados até o fim de 2021.

Reagindo aos números divulgados pela petroquímica, as ações preferenciais da Braskem (BRKM5) se desvalorizaram durante o pregão desta quinta-feira (23).

Seus ativos somaram às 15:05 horas (horário de Brasília) uma queda de 4%, atingindo os R$ 16,80.

CEO se manifesta

Na teleconferência para a divulgação de resultados, ocorrida durante a manhã desta quinta-feira, o CEO da Braskem, Roberto Bischoff, se manifestou sobre os números e deu detalhes sobre as expectativas para este ano.

Roberto Bischoff, CEO da Braskem/Foto: Reprodução

“Nossa visão sobre os spreads é de que 2023 será um ano de recuperação, mas isso deve se dar ao longo do ano”, disse.

Apesar disso, segundo o presidente executivo, durante os primeiros trimestres deste ano não devem aparecer alterações significativas. Elas devem ocorrer, no entanto, na segunda metade de 2023.

“A capacidade de produção do mercado já está dentro daquilo esperado nos próximos anos. A China deve aumentar um pouco a oferta de PP e os Estados Unidos, de PE. O impacto na gente, contudo, está dentro do previsto”, conclui Bischoff.