Dilma é eleita presidente do banco dos Brics
Ex-presidente substitui Marcos Troyjo, indicação de Paulo Guedes; mandato encerra em julho de 2025
A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi oficializada nesta sexta-feira (24) para assumir a presidência do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), também conhecido como o banco dos Brics.
Sob indicação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que a nova liderança cabia ao Brasil, o mandato de Dilma vai até 6 de julho de 2025.
A ex-presidente irá substituir a nomeação de Paulo Guedes, o economista Marcos Troyjo. Apontado sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020, Troyjo deveria encerrar o mandato do Brasil em 2025.
A cerimônia de posse de Dilma está prevista para acontecer na próxima quarta-feira (29). Ela deve acompanhar o presidente Lula na viagem oficial à China, adiada para este domingo (26) após um diagnóstico de pneumonia leve do petista.
O banco dos Brics
O chamado “banco dos Brics” é referente à instituição financeira do bloco econômico de países emergentes, fundado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
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A nomeação da ex-presidente foi aprovada por um comitê do órgão com ministros da Economia dos países integrantes e representantes dos quatro novos países sócios a compor o bloco econômico.
Em uma videoconferência, os ministros da Fazenda dos países fundadores e mandatários de Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai votaram no nome de Dilma.
A presidência do banco dos Brics, criado em 2014, opera de modo alternado entre os cinco países fundadores – o mandato brasileiro vai até 2025.
Como o banco é sediado em Xangai, Dilma foi aconselhada a se mudar e trabalhar na maior cidade da China. Neste domingo (26), a ex-presidente vai embarcar junto a Lula em sua viagem oficial ao país.
Mudança de poder
A saída de Marcos Troyjo foi anunciada em 10 de março para acontecer nesta sexta-feira.
“O NDB iniciou um processo de transição de liderança, que ocorre de forma mutuamente acordada e de acordo com a governança e os procedimentos do banco”, afirmou o banco em nota oficial.
O diplomata e economista foi indicado em 2020 pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.

A instituição, em comunicado, elogiou Troyjo e ressaltou seu desempenho durante os três anos.
“Ele conduziu a expansão inicial de membros do banco, fortaleceu o departamento ESG (ambiental, social e de governança) e estabeleceu o Escritório de Avaliação Independente. Ele também liderou a mudança das operações do NDB para sua sede permanente em Xangai”, continuou o NDB.
Nas últimas semanas, Dilma foi pautada a ter se reunido com mandatários econômicos dos países dos Brics. Após sua vitória nas eleições, Lula já apresentava sua intenção de nomear a ex-presidente ao cargo.
O ex-vice-presidente do Banco dos Brics, Paulo Nogueira, afirmou ao portal UOL a indicação como uma melhora na liderança.
“Politicamente é importante porque é um banco constituído por cinco países importantes. O fato de ter na presidência uma ex-presidente da República é de extremo valor para o banco, porque ela vai poder interagir não só com ministros dos países membros, mas até mesmo líderes desses países”, disse em entrevista.
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Dilma
Formada em Economia, Dilma foi enaltecida pelo seu desempenho enquanto presidente do Brasil no anúncio desta sexta-feira.
O NDB expressou a importância de programas sociais visados no combate à pobreza, criados nos dois primeiros governos Lula e expandidos sobre os governos Dilma.
“Como resultado de um dos mais extensos processos de redução da pobreza na história do país, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU”, disse o comunicado.
O banco dos Brics também apontou o aumento da cooperação de países da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia sob seu comando.
“A nível internacional, [Dilma] promoveu o respeito pela soberania de todas as nações e a defesa do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da paz. Sob seu governo, o Brasil se fez presente em todos os fóruns internacionais sobre clima e proteção do meio ambiente, culminando em uma decisiva participação do Acordo de Paris”, disse em nota.
Com a oficialização de Dilma na liderança do órgão, a ex-presidente volta a assumir um cargo público em sete anos, após seu impeachment.




























