Alta do petróleo, desempenho do Ibovespa no 1T23 e o que mais importa no mercado nesta segunda-feira – ESTOA

Alta do petróleo, desempenho do Ibovespa no 1T23 e o que mais importa no mercado nesta segunda-feira


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Neste início de semana da Páscoa, os mercados internacionais foram pegos de surpresa com o anúncio de que membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), incluindo a Arábia Saudita, irão promover um corte-surpresa de 1 milhão de barris por dia na produção de petróleo. A novidade fez com que o preço dos barris do tipo Brent subissem nesta segunda.

A decisão do país árabe – o segundo maior produtor de petróleo do mundo – tem como principal objetivo tentar controlar a queda da demanda dos recursos. Por outro lado, isto pode reacender uma disputa com os Estados Unidos, com quem a Arábia Saudita já entrou em rota de colisão em outros momentos. 


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Depois de estabilizar os preços abaixo dos US$ 80, o petróleo do tipo Brent amanheceu o dia com uma forte alta nas cotações como resposta aos cortes liderados pelo país árabe. Por volta das 9h, o combustível fóssil subia 6,03%, com os barris sendo negociados por US$ 84,58.

2. Desconfianças sobre a economia crescem

Com o fim do primeiro trimestre do ano e também do novo governo, novas pesquisas têm sido divulgadas nos últimos dias e podem servir como termômetro para as análises do mercado financeiro. Nesta segunda, o mercado deverá repercutir a pesquisa do DataFolha, que mostrou um maior pessimismo dos brasileiros com relação à economia após os primeiros meses do terceiro mandato de Lula.

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Segundo o levantamento, o percentual de brasileiros que creem em uma piora no cenário econômico nos próximos meses saltou de 20% para 26%. Ainda assim, a imensa maioria da população que foi entrevistada (80%) se mostrou a favor das pressões do novo governo ao Banco Central, para reduzir a Selic, com 71% acreditando que a taxa está mais elevada do que deveria.

3. Projeções de inflação tem nova alta, aponta Focus

Nesta manhã, o Banco Central divulgou mais uma edição do seu relatório semanal, o Boletim Focus, que traz novos números com relação à situação econômica do país e os seus principais indicadores. O documento apontou para uma alta nas projeções de inflação para 2023, elevando as estimativas do IPCA de 5,93% para 5,96%. No entanto, para os próximos três anos as projeções foram mantidas em 4,40% e 4,0%.

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O relatório também trouxe números conservadores para o PIB, mantendo as projeções em  0,90%. Nesta segunda, o Banco Central optou pela sétima semana seguida para a manutenção das projeções para a Selic, tanto em 2023, como em 2024, em 12,75% e 10%, respectivamente.

4. Desempenho do Ibovespa no 1T23

Depois de iniciar o ano com um forte desempenho, o principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa, passou por uma série de altos e baixos desde que o mercado foi pego de surpresa com o escândalo contábil da Americanas, revelado ainda em janeiro. Ainda assim, o único desempenho positivo do índice foi no primeiro mês do ano, alta de 3,37%.

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Os meses de fevereiro e março, no entanto, reverteram este cenário e fizeram com que a bolsa brasileira encerrasse o trimestre com uma queda de 7,2%, puxado principalmente pelas instabilidades no cenário global após as desconfianças em relação ao setor bancário. A queda em março foi menor em relação a fevereiro devido a boa receptividade do mercado ao novo arcabouço fiscal.

Entre as empresas que foram destaques positivos nos primeiros 90 dias do ano estão: Embraer (EMBR3) com alta de 45,28%, Magazine Luiza (MGLU3), alta de 20,80%, CSN Mineração, alta de 18,63%. Já pelo lado negativo: Hapvida (HAPV3), com queda de 48,43%, Alpargatas, queda de 45,95%, e Qualicorp (QUAL3), queda de 37,31%.

5. Bitcoin se estabiliza, mas liquidez preocupa

A alta acima do normal para o Bitcoin no primeiro trimestre deste ano, que fez com que o cripoativo subisse mais de 70%, ainda não é o suficiente para que os analistas se sintam tranquilos com relação ao seu desempenho, devido a liquidez da criptomoeda continuar baixa.

Neste final de semana, o Bitcoin se manteve estável, oscilando na faixa dos US$ 27,650 e US$ 28,650. Por volta das 9h, a criptomoeda apresentava uma ligeira alta, sendo negociada por pouco mais de US$ 28,200.