PIB brasileiro deve crescer em 0,8% neste ano, diz Banco Mundial – ESTOA

PIB brasileiro deve crescer em 0,8% neste ano, diz Banco Mundial

A organização também estima que o crescimento em 2022 tenha sido de 2,9%


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O Banco Mundial divulgou na última terça-feira (4) sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano. De acordo com a projeção da organização, a economia brasileira deve se expandir em cerca de 0,8% em 2023.

Além disso, segundo avaliação da instituição internacional, o Brasil foi o país da América Latina que apresentou a melhor gestão de pobreza durante a pandemia de Covid-19.

Previsão do PIB

A projeção para 2023 foi seguida de uma estimativa da expansão da economia brasileira durante o ano passado. No documento publicado pela organização, os cálculos apontam para um avanço de cerca de 2,9% em 2022.

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Na publicação, a previsão de um crescimento reduzido se dá, em partes, pela falta de interesse de investidores no Brasil. Isso ocorre pela presença de impostos altos e pela instabilidade econômica que o país vem enfrentando.

Em conjunto, os fatores fazem com que o mercado financeiro brasileiro se torne cada vez “menos atraente para investidores”. A quantia deve ser, ainda, inferior à média da região.

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Para os próximos dois anos, o Banco Mundial estima que a economia do país deva se expandir em 2%.

Banco Mundial/Foto: Reprodução

Uma das recomendações da organização para o Brasil e para os países da América Latina e Caribe (ALC), que também apresentaram previsões reduzidas, é considerar o “reshoring”, estratégia onde uma empresa em questão transfere fábricas para seu país de origem, e “nearshoring”, onde as operações são trazidas para países próximos.

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América Latina e Caribe

Além disso, a organização também divulgou suas estimativas para a expansão do PIB da região da América Latina e Caribe. O conjunto de países deve, dessa maneira, apresentar uma expansão média de 1,4% neste ano, uma previsão menor do que os 2,2% projetados inicialmente.

Dentre as diferentes áreas estudadas pelo Banco, esta é a que apresenta o menor crescimento durante o período.

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A inflação média dos países, excluindo Argentina e Venezuela, deve ser de 5% em 2023. A estimativa para o ano passado foi de 7,9%.

O Banco afirma, ainda, que a economia da região se mostrou “relativamente resiliente”, frente às dificuldades apresentadas durante o ano passado, tais como as incertezas geradas pela guerra entre Rússia e Ucrânia e pela inflação em expansão.

A instituição reforça, ainda, a urgência de agir contra as consequências que surtos de doenças possam causar na economia.

“Ainda é preciso progredir tanto na cobertura vacinal quanto na prontidão do sistema de saúde, ao passo que a institucionalidade da política macroeconômica em alguns países vem sendo questionada”, afirmou.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

A projeção vem caindo, de acordo com o Banco Mundial, “constantemente” nos últimos seis meses.

Além disso, a crise envolvendo o setor bancário internacional também é dita como um dos fatores responsáveis por gerar futuras consequências no fluxo de capital da região.

Gestão de pobreza

Ainda seguindo a avaliação da instituição internacional, o Brasil foi o país da ALC que apresentou a melhor “gestão de pobreza” durante o período de Covid-19. 

Na maior parte dos países que compõem a região, o período foi responsável por fazer com que o progresso na redução da pobreza fosse revertido em uma década.

Caso o Brasil não seja incluído, a proporção de pessoas na área com menos de US$ 6,85 por dia aumentou para 34,4% em 2020. Um ano antes, ela era de 29,7%.

Considerando o país na estimativa, os índices recuam para 28,4% em 2019 e 28,6% no ano de 2020.

Além disso, quando adicionado no cálculo, o Brasil também reduz os dados de vulnerabilidade social na região da ALC. Dessa maneira, com a nação, a proporção de pessoas que recebem entre US$ 6,85 e US$ 14 por dia é reduzida de 32,9% para 31,5%.