Petrobras (PETR4) anuncia ajuste organizacional; mudança prepara uma transição energética, diz BofA – ESTOA

Petrobras (PETR4) anuncia ajuste organizacional; mudança prepara uma transição energética, diz BofA

Com o anúncio, as ações da estatal acumularam ganhos


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A Diretoria Executiva da Petrobras (PETR4) anunciou a aprovação de um ajuste operacional na última semana. No documento publicado, a estatal cita três objetivos principais que motivaram as mudanças.

Logo após o anúncio, o Bank of America (BofA) divulgou, nesta segunda-feira (10), um relatório onde afirma que o conjunto de modificações deve preparar a empresa para uma possível transição energética.

Refletindo reações positivas acerca do movimento, as ações da companhia acumulam ganhos durante o pregão de hoje.

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Ajuste organizacional

O anúncio foi feito pela petroleira na última quinta-feira (6) em comunicado ao mercado. Segundo a Petrobras, a proposta de ajuste organizacional visa três objetivos.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

O primeiro deles refere-se, justamente, à questão apontada pelo BofA: preparar a companhia estatal para a “transição energética com a criação de Diretoria Executiva focada no tema”.

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Além disso, o projeto também tem como finalidade fortalecer a área de desenvolvimento de projetos da empresa, com esforços de pesquisa e desenvolvimento, através da reunião das atividades de “engenharia, tecnologia e inovação”.

O último deles, por sua vez, prevê a concentração de atividades corporativas em uma área voltada à gestão da Petrobras, fortalecendo as “sinergias entre os processos”.

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As diretorias devem substituir praças já existentes, não alterando o número inicial. Os nomes devem, ainda, ser indicados pelo atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

O projeto ainda deve, no entanto, passar por aprovação do Conselho de Administração da estatal.

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Diante das medidas anunciadas, as ações da Petrobras (PETR4) se valorizaram durante o pregão desta segunda-feira (10).

Seus papéis somaram por volta das 14:50 horas (horário de Brasília) uma alta de 1,79%, aos R$ 24,43.

Mudanças nas cúpulas

A proposta deve criar a Diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. A praça atuará nas atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade, além de incorporar atividades comerciais de gás natural.

O nome indicado por Prates para coordenar o conjunto de funções é Maurício Tolmasquim.

Maurício Tolmasquim, indicado por Prates a comandar Diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis/Foto: Reprodução

Além disso, a Diretoria de Desenvolvimento da Produção deve incorporar o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello (Cenpes), passando a ser denominada Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação.

Outra mudança prevista é a da Diretoria de Refino, Gás e Energia que, ao incluir derivados de gás e biocomponentes e do refino de petróleo, deve ser chamada de Diretoria de Processos Industriais e Produtos.

Outras mudanças são a renomeação da Diretoria de Comercialização e Logística para Diretoria de Logística, Comercialização e Mercados, e a extinção da Diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade.

BofA diz que mudança prepara uma transição energética

Hoje, o Bank of America afirmou em relatório divulgado ao mercado e clientes que a indicação de Tolmasquim já era prevista, e que isto deve preparar a estatal para um processo de transição energética.

A instituição também seguiu com classificação neutra para os papéis da Petrobras, com um preço-alvo para as American Depositary Receipt (ADRs) de US$ 11,50 (cerca de R$ 58,34).

Além disso, para o BofA, as mudanças devem favorecer a empresa para que ela passe por uma transição energética.

“Adicionalmente, o CEO afirmou que as alterações visam também alargar o âmbito de atuação de alguns cargos executivos tradicionais que estão exclusivamente associados ao petróleo”, afirmaram os analistas Frank McGann e Leonardo Marcondes.

O executivo indicado por Prates é ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e, de acordo com o banco no relatório, foi um dos participantes da campanha presidencial do petista em 2022.

“Tolmasquim também participou do governo do PT entre 2003 e 2016 – inclusive como secretário- executivo do Ministério de Minas e Energia, quando Dilma Rousseff era ministra”, destacam McGann e Marcondes.