Reações ao arcabouço, balanço da Netflix e o que mais movimentará os mercados hoje
Nesta quarta-feira (19), o Ibovespa deve continuar reagindo ao texto final do novo arcabouço, que foi enviado ao Congresso nesta terça. O encaminhamento da proposta já vinha sendo aguardado pelo mercado desde o início do mês, após a divulgação oficial da nova âncora, devido às indefinições a respeito do arcabouço.
Nesta terça, o principal índice da bolsa de valores oscilou durante todo o pregão, com leves altos e baixos, mas ao final do dia, o Ibovespa encerrou com uma valorização de 0,14%, aos 106.163 pontos.
A partir de agora, a proposta deve seguir para votação na Câmara dos Deputados e no Senado e entrará em vigor caso consiga a maioria absoluta dos votos nas duas Casas. De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, o novo arcabouço não deve encontrar resistências nas votações e é possível que até o dia 10 de maio, as votações sejam finalizadas.
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2. Netflix cresce menos que o esperado no 1T23
Nesta terça, a Netflix foi mais uma empresa norte-americana a divulgar os seus resultados referentes ao primeiro trimestre do ano. A gigante do streaming anunciou um crescimento de 3,7% na receita, chegando a US$ 8,16 bilhões e com um total de 1,75 milhão de novos usuários.
Levando em consideração somente a região da América Latina – onde a empresa possui mais de 41 milhões de usuários – a Netflix voltou a perder assinantes pela primeira vez desde o trimestre encerrado em março do ano passado. O resultado fez com que as ações da companhia despencassem nesta terça no aftermarket, chegando a uma queda de 10%.
As amostras de um aumento nos cancelamentos após o anúncio da Netflix de que impediria o compartilhamento de senhas fez com que a empresa repensasse a ideia e optasse por um adiamento da medida neste primeiro momento para traçar novas estratégias a respeito.
3. Consequências do recuo do governo em taxar importações
Depois de toda a repercussão negativa que rondou o anúncio do governo de que acabaria com a isenção dos impostos de importação para encomendas de sites internacionais no valor de até US$ 50 para pessoas físicas, o ministro Fernando Haddad veio a público para informar que a medida não irá mais entrar em vigor e o Ministério da Fazenda tomará providências administrativas para lidar com o “contrabando digital”.
A ideia apresentada pelo ministro no início do mês era de que a medida gerasse uma arrecadação de até R$ 8 bilhões para os cofres públicos, mas depois da reação adversa em meio às preocupações de que os preços dos produtos pudessem sofrer reajuste, o governo decidiu pelo recuo na proposta.
O passo atrás dado por Haddad, após um pedido do presidente Lula, no entanto, não agradou os empresários do setor varejista, que alegam uma concorrência desleal com os e-commerces internacionais.
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4. Inflação na Zona do Euro recua mais uma vez
Nesta manhã, a agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou os dados finais para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro no mês de março. De acordo com os números apontados pelo escritório, os preços na região subiram 0,9% na comparação mensal, ficando dentro do esperado para o terceiro mês do ano.
Já no acumulado de 12 meses, a inflação oficial da Zona do Euro recuou mais uma vez, fechando março em 6,9% – o menor nível para o índice em 13 meses – e uma queda considerável em relação a fevereiro, quando estava em 8,5%. Por outro lado, o núcleo da inflação continuou na sua trajetória de alta e acelerou de 5,6% para 5,7% em março.
5. Bitcoin afunda US$ 1.000 em 15 minutos nesta manhã
A maré de alta das criptomoedas, principalmente a do bitcoin, parece ter chegado ao fim. Depois de semanas positivas, que levaram a um avanço de mais de 80% nos preços, o Bitcoin tem operado no vermelho ao longo desta semana e na manhã desta quarta flerta com a possibilidade de cair dos US$ 29 mil.
Na madrugada de hoje, a principal criptomoeda do mercado chegou inclusive a cair cerca de US$ 1.000 em apenas 15 minutos, segundo o CoinDesk, depois de ter atingido novamente a marca dos US$ 30.000. Por volta das 9h30, o Bitcoin mantinha o seu ritmo de baixa, recuando 3,68%, sendo negociado por US$ 29.261.