Freddie Mac: entenda o que aconteceu na crise de 2008 – ESTOA

Freddie Mac: entenda o que aconteceu na crise de 2008

Conheça a empresa parceira da Fannie Mae e seu papel na crise de subprime


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Freddie Mac é um dos grandes nomes no mercado de crédito dos Estados Unidos, tendo desempenhado um papel protagonista na crise do subprime de 2008, ao lado da Fannie Mae.

Até hoje uma das grandes empresas privadas de mercado imobiliário de crédito e hipotecas do país, a Freddie Mac opera no mercado secundário, com a venda de títulos e repasse para as instituições financeiras.


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O que é e como funciona?

Criada em 1970 a partir do Emergenc Home Finance Act of 1970, a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC) é um projeto do Congresso dos Estados Unidos para concorrer com a Fannie Mae (Federal National Mortgage Association), ambas com o objetivo de revender empréstimos no mercado hipotecário, por valores seguros à famílias de baixa renda.

Uma das principais empresas de mercado imobiliário, de crédito e hipotecas dos Estados Unidos até hoje, estabelecida para expandir o mercado secundário de hipotecas e de títulos garantidos por hipotecas. Sua fama, contudo, está mais atrelado ao seu papel na crise do subprime de 2008. 

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A empresa patrocinada pelo governo estadunidense é, principalmente, revendedora de empréstimos emitidos pelas instituições financeiras, que, deste modo, repassava o dinheiro aos bancos.

A disputa entre as securitizadoras e empresas como a Freddie Mac e a Fannie Mae  resultou no declínio dos padrões e critérios de concessão/ Foto: Reprodução

As hipotecas

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Embora não seja o único responsável pela crise de subprime e suas consequências nos anos seguintes, tendo mais destaque à Fannie Mae, a Freddie Mac foi, no entanto, um dos grandes. 

Entre 2001 e 2003, as instituições financeiras tiveram altos níveis de lucro diante de um boom de refinanciamento inesperado e um patamar de juros historicamente baixo. Quando as taxas de juros eventualmente subiram, as organizações alteraram suas políticas em função de continuar os altos lucros.

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Junto a uma emissão acima do habitual de títulos garantidos por hipotecas não intermediado pela Freddie Mac ou pela Fannie Mae (conhecidos como mortgage-backed security, ou MBS), um pacote de empréstimos privados, as companhias patrocinadas pelo governo perderam o controle dos riscos e passaram a emitir cada vez mais outros títulos de risco em resposta.

A disputa entre as securitizadoras e empresas como a Freddie Mac e a Fannie Mae, entretanto, resultou no declínio dos padrões e critérios de concessão do empréstimo de risco, além da elevação do volume das operações de hipotecas de maior risco.

A Freddie Mac, consequentemente, passou a revender com muito mais frequência os títulos subprime, papéis de categoria abaixo dos primes (“excelente” em inglês), que intencionava atender as pessoas de média a baixa renda.

Como consequência, houve uma popularização dos títulos de marca privada, perda da regulamentação e excesso de ofertas de financiamento a preços extremamente baixos. 

Freddie Mac e a crise do subprime

Com o aumento de hipotecas negociadas, apesar de que os próprios clientes não apresentavam condições de pagar o empréstimo, em 2006, o preço dos imóveis despencaram e a quantidade de imóveis vacantes no mercado subiram.

A crise de fato da Freddie Mac e da Fannie Mae foi em razão justamente pela desvalorização do mercado e depreciação dos imóveis, uma vez que essas empresas patrocinadas pelo governo apoiavam a grande maioria das hipotecas do país da época. Cerca de 50% de todo o mercado hipotecário era propriedade da Freddie Mac e da Fannie Mae.

Em 2008, no auge da crise, a Freddie Mac atingiu uma perda de 91% de seu valor de mercado.

A fim de combater os danos, o governo dos Estados Unidos aportou US$ 100 bilhões na companhia ao adquirir aproximadamente 80% de todas as suas ações preferenciais.

Hoje, a Freddie Mac continua suas operações, agora com mais foco em reconstruir a confiança dos investidores. Ao longo dos anos, a empresa já disponibilizou serviço a mais de 67 milhões de pessoas, concedendo mais de US$ 10 trilhões em crédito.


A Freddie Mac, consequentemente, passou a revender com muito mais frequência os títulos subprime, papéis de categoria abaixo dos primes (excelente em inglês), que intencionava atender as pessoas de média a baixa renda.

Como consequência, houve uma popularização dos títulos de marca privada, perda da regulamentação e excesso de ofertas de financiamento a preços extremamente baixos. 

Freddie Mac e a crise do subprime

Com o aumento de hipotecas negociadas, apesar de que os próprios clientes não apresentavam condições de pagar o empréstimo, em 2006, o preço dos imóveis despencaram e a quantidade de imóveis vacantes no mercado subiram.

A crise de fato da Freddie Mac e da Fannie Mae foi em razão justamente pela desvalorização do mercado e depreciação dos imóveis, uma vez que essas empresas patrocinadas pelo governo apoiavam a grande maioria das hipotecas do país da época. Cerca de 50% de todo o mercado hipotecário era propriedade da Freddie Mac e da Fannie Mae.

Em 2008, no auge da crise, a Freddie Mac atingiu uma perda de 91% de seu valor de mercado. A fim de combater os danos, o governo dos Estados Unidos aportou US$ 100 bilhões na companhia ao adquirir aproximadamente 80% de todas as suas ações preferenciais.