Bolsas na Europa fecham com queda, após balanços do primeiro trimestre – ESTOA

Bolsas na Europa fecham com queda, após balanços do primeiro trimestre

Lucro abaixo do esperado da UBS impulsiona baixa no mercado


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Nesta terça-feira (25), as Bolsa de Valores na Europa fecharam em baixa devido à temporada de balanços dos bancos, com instituições importantes para todo o continente. 

Os resultados do balanço fizeram com que os ativos locais tenham sido pressionados. No entanto, o mercado ainda tem expectativas dos resultados das empresas tecnológicas dos Estados Unidos que serão divulgados nesta tarde em Nova York. 


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Balanços na Europa

O setor bancário Europeu começou a divulgação de duas das suas maiores instituições, o banco Santander e o UBS, com resultados bem diferentes, fazendo com que a Bolsa Europeia reagisse de maneira negativa nesta manhã. 

Santander 

O Banco Santander de Madri apresentou resultados positivos para o mercado. A instituição lucrou mais que as estimativas feitas pelos analistas financeiros, entretanto, também registrou alta nas provisões de perdas de empréstimos, fazendo com que as ações caíssem em 5,65% na bolsa de Madri. 

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Os resultados divulgados pelo Santander, tiveram influência na Ibex 35, que teve uma queda de 1,16%,  o equivalente a 9.297,30 pontos. 

UBS

No entanto, um dos bancos que mais recuaram no balanço de hoje foi o UBS, instituição responsável pela compra do Credit Suisse no mês passado. 

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A instituição bancária teve queda de 51,9%, o equivalente a uma perda de US$ 2,14 bilhões. A receita do banco caiu cerca de 6,8%, no total de US$ 8,74 bilhões.

Desta forma, os números ficaram abaixo das estimativas feitas pelos analistas do mercado financeiro, que esperam um lucro de US$ 1,71 bilhão e receita de US$ 8,79 bilhões entre os meses de janeiro e março.

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O mercado financeiro esperava bons resultados da instituição devido a compra feita do banco suíço, que teve suas operações coordenadas pelas autoridades na Suíça, com o objetivo de reduzir os riscos  e consumo dos recursos dos negócios feitos pelo Credit Suisse.

Um dos bancos que mais recuaram no balanço de hoje foi o UBS/Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann

Queda dos bancos nas Bolsas de Valores Europeias 

Na Bolsa de Valores em Zurique, os papéis do UBS caíram cerca de 2,17%. O Deutsche Bank, que também fez parte da crise no setor bancário no mês passado, registrou baixa de  3,73%, em Frankfurt. 

Em Milão, o Banco Bpm caiu em -2,69%, assim como o Unicredit, com queda de -2,48%, ambas as instituições contribuíram para a diminuição do índice FTSE MIB, que recuou em 1,03%, aos 27.253,48 pontos.

Por mais que boa parte das instituições bancárias tenha contribuído para quedas no mercado financeiro, o grupo de alimentação e hotelaria britânica, Whitbread recomprou algumas ações que impulsionaram a alta de 4,25% dos papéis da empresa nas Bolsa Europeias. 

O presidente da Witan Investment Trust, Andrew Bell, disse que: “O quadro geral é que os mercados estão em uma fase de consolidação. O crescimento econômico se manteve melhor do que o esperado e, para as empresas europeias, os resultados corporativos foram melhores do que o esperado e hoje é um bom exemplo disso”.


“A incerteza está relacionada ao fato de que as taxas de juros provavelmente ainda vão subir um pouco mais. As pessoas não têm certeza”, finaliza Bell.

Índices da Bolsa Europeia 

O índice CAC 40, em Paris, teve queda de 0,56%, equivalente a 7.531,61 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,13%, no total de  6.190,67 pontos e o Stoxx 600 caiu cerca de 0,37%, o equivalente a 467,24 pontos. Já o índice DAX, em Frankfurt, teve alta de 0,05%, aos 15.872,13 pontos.

Empresas como a Alphabet que controla grande parte do Google e a Microsoft deve divulgar ainda hoje seus resultados/Foto: Reprodução

Balanços nos EUA

O mercado também espera pela divulgação dos giant techs, nesta tarde, nos Estados Unidos. Empresas como a Alphabet que controla grande parte do Google e a Microsoft devem divulgar ainda hoje seus resultados do primeiro trimestre de 2023, portanto, trazendo grandes expectativas para os analistas do mercado financeiro europeu.