IPA: Índice de Preços ao Produtor Amplo – ESTOA

IPA: Índice de Preços ao Produtor Amplo

Conheça o cálculo deste importante indicador de inflação da economia nacional


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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) é o índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede a variação de preço de produtos e serviços agropecuários e industriais de operações de compra e venda entre empresas. 


Índice de Preços ao Produtor Amplo: o que é

O chamado IPA foi criado em 1944, primeiro com o nome de Índice de Preços por Atacado, depois renomeado em abril de 2010 para Índice de Preços ao Produtor Amplo, razão pela preservação da sigla na mudança.

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Em paralelo a outros indicadores de inflação – como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o marcador oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ambos calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – o IPA é um indicador de inflação voltado ao preço de produtos agropecuários.

Como seu nome indica, o índice foi criado com o intuito de acompanhar a variação de preço de produtos por atacado, porém, a partir de sua evolução, o indicador passou a ser uma ferramenta para medir o preço de produtos a nível de produtor. 

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O chamado IPA foi criado em 1944, primeiro com o nome de Índice de Preços por Atacado/Foto: Reprodução

Por sua característica mais restritiva e nichada, dado que o indicador visa demonstrar a variação de preço de produtos agropecuários, o IPA é não é um índice muito conhecido. Embora desempenhe um papel fundamental no cálculo do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), junto ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC). 

Mesmo que tenha destaque mais limitado, o IPA continua sendo um elemento essencial na análise de inflação do Brasil, de modo equivalente aos outros índices inflacionários

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O seu cálculo

Calculado desde a sua criação na década de 1940 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPA é administrado pelo Instituto Brasileiro de Economia da organização, o FGV Ibre.

De periodicidade mensal, o indicador leva em consideração 481 mercadorias, divididas em 18 grupos, comercializadas nos 15 principais estados do Brasil. Sendo eles: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 

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O medidor é produto de um levantamento de dados e pesquisa de preço do setor, atentando-se ao peso respectivo de cada produto, que depois será utilizado em uma média ponderada.

Os valores, portanto, refletem as condições e suas consequências no momento em questão, a importância do IPA é revelada através do acompanhamento da série histórica, o que evidencia o andamento de altas e baixas dos preços.


Modalidades do IPA

Seus resultados são disponibilizados em três modalidades, o IPA-10, o IPA-M e o IPA-DI. Com a mesma metodologia por trás, os índices se diferenciam pelo período de tempo de análise.

Da mesma forma que o Índice Geral de Preços (IGP), que apresenta as mesmas versões, o IPA-10 refere-se à variação de preço de produtos agrícolas e no setor atacadista entre o período do dia 11 de um mês até o dia 10 do mês em referência. Sendo esta a modalidade utilizada no cálculo do IGP-10, representando 60% do resultado final.

Enquanto o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M) indica a variação de preço dos produtos sob análise entre o período do dia 21 do mês anterior ao mês de referência até o dia 20 do mês do resultado. 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI), por sua vez, é a modalidade que acompanha a evolução dos preços de produtos agrícolas e do setor de atacado dentro do período de um mês, sendo a partir do primeiro dia até o último dia do mês em referência.

O IPA-M e o IPA-DI, ainda, representam 60% da composição do IGP-M e IGP-DI, respectivamente.